‘Aminésia de rebanho’: senadores se irritam com silêncio e empresário vira investigado pela CPI

O relator da CPI da Covid-19 no Senado Federal, Renan Calheiros (MDB), incluiu o empresário José Ricardo Santana, apontado como lobista da Precisa Medicamentos, na lista de investigados do colegiado.

Santana estava no jantar onde ocorreu o suposto pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina comercializada pela Davati Medical Supply.

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O silêncio, por alegada falta de memória do depoente durante boa parte dos questionamentos, irritou os membros da CPI, em especial Renan.

Provocado pelo senador, Santana disse “não se lembrar” de episódios investigados pela Comissão, como encontros, reuniões e jantares dos quais teria participado:

“Estou indignado, não consigo conter minha indignação. Durante esse período todo de funcionamento dessa Comissão Parlamentar de Inquérito, nos submetemos a isso diariamente. É um escárnio. Diante desse escárnio reiterado e repetido, como relator, queria elevar a testemunha à condição de investigado”, disse Calheiros.

O nome do empresário entrou na mira da CPI após depoimento do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias. Aos senadores, Dias disse que, em 25 de fevereiro, estava com Santana no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, quando o coronel Marcelo Blanco, ex-diretor de Logística da pasta, chegou com o vendedor Luiz Paulo Dominguetti, da Davati Medical Supply. O vendedor denunciou ter recebido de Dias pedido de propina.

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