Polícia omitiu menção ao Planalto em escutas sobre assassinato de Adriano da Nóbrega

Fachada da Secretaria de Estado da Polícia Civil, no centro do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Fachada da Secretaria de Estado da Polícia Civil, no centro do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro omitiu do relatório sobre as escutas telefônicas da Operação Gárgula a menção ao Palácio do Planalto feita pela irmã do ex-policial militar Adriano da Nóbrega, morto em fevereiro de 2020.

A conversa entre Daniela da Nóbrega, irmã do ex-PM, e uma tia é classificada como de prioridade alta. Contudo, apenas um resumo do diálogo entre Tatiana, outra irmã de Adriano, e a tia ocorrido na mesma ligação é descrito no documento, informou o jornal “Folha de São Paulo”, que divulgou as gravações.

Daniela afirma a uma tia, dois dias após a morte do irmão numa operação policial na Bahia, que ele soube de uma reunião envolvendo seu nome no palácio e do desejo de que se tornasse um “arquivo morto”.

Adriano Magalhães Nobrega, ex-capitão do Bope. Foto: Divulgação/Polícia Civil
Adriano Magalhães Nobrega, ex-capitão do Bope. Foto: Divulgação/Polícia Civil

“Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo”, disse ela na gravação autorizada pela Justiça.

A bancada do PT na Câmara anunciou nesta quarta-feira (6) que vai protocolar na Procuradoria-Geral da República (PGR) uma notícia-crime para que seja investigada a denúncia de que o Palácio do Planalto teria oferecido cargos comissionados em troca da morte do ex-capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro e miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega.

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