Polícia faz busca e apreensão na casa de Sérgio Reis e deputado bolsonarista

Sérgio Reis. Foto: Reprodução/Facebook

A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (20) mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao cantor e ex-deputado federal Sérgio Reis, de 81 anos, e do deputado Otoni de Paula , do PSC, de 44 anos. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O magistrado autorizou 29 mandados no âmbito do inquérito que apura manifestações contrárias à democracia. Agentes da Polícia Federal (PF) foram ao menos a quatro endereços no Rio e em Brasília (DF) ligados ao cantor e ao deputado.

De acordo com o noticiado no “Bom Dia Brasil”, a intenção da PF é investigar ameaças e manifestações contra as entidades democráticas e “eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra o Estado”.

Em nota, a PF diz que “o objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.

Na última semana, o artista teve um vídeo vazado na internet. Na gravação, ele anuncia uma manifestação para pedir o impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal – o que é inconstitucional -, além de demonstrar apoio o presidente Jair Bolsonaro. A ideia é que o ato una agricultores, caminhoneiros e civis, durante uma média de três dias.

Por conta da repercussão, Sérgio Reis já declarou que se arrependeu das declarações no vídeo, principalmente pelo prejuízo financeiro que as falas tem gerado em sua carreira.

“Querem me massacrar. Já estou tendo prejuízo. Cancelaram quatro shows e dois comerciais que ia fazer agora. Tiraram do ar um que faço para um supermercado de Curitiba. Vão tirar por um mês do ar e esperar para ver o que acontece”, declarou Sérgio Reis em entrevista ao “Congresso em Foco”.

O deputado bolsonarista Otoni de Paula, por sua vez, já foi denunciado em 2020 por fazer publicações nas redes em que chama o ministro do STF Alexandre de Moraes de “lixo”, “esgoto” e “déspota”. Além disso, Otoni também é alvo da operação por incitar atos pró-ditatura publicamente – o que fere a democracia.

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