Pela gravidade dos fatos: Cármen Lúcia autoriza inquérito contra Ribeiro

Milton Ribeiro. Foto: Fabio Rodrigues/Agência Brasil

Milton Ribeiro. Foto: Fabio Rodrigues/Agência Brasil

A ministra do STF, o Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, autorizou, nesta quinta-feira (24), abertura de inquérito para apurar suspeitas contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro.

O religioso está no centro do caso que envolve a atuação de dois pastores na liberação de recursos do ministério para prefeituras de aliados do governo Bolsonaro.

A solicitação havia sido feita pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, na quarta-feira. Em outra decisão, ela também deu 15 dias para a PGR dizer se vai querer investigar o presidente Jair Bolsonaro (PL), indicando que ele também deverá ser alvo do inquértio.

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“No presente caso, em que pese já ter sido determinada a abertura de Inquérito para investigar a conduta de Milton Ribeiro, Ministro da Educação, tem-se que os fatos a ele imputados estão intimamente conexos com a sua própria fala sobre a eventual participação de Jair Messias Bolsonaro, Presidente da República. Assim, pela gravidade dos fatos subjacentes ao que expresso pelo Ministro de Estado e que levaram o Procurador-Geral da República a pedir a esse Supremo Tribunal Federal abertura de inquérito para averiguar a veracidade, os contornos fáticos das práticas e suas consequências jurídicas, tem-se por imprescindível a investigação conjunta de todos os envolvidos e não somente do Ministro de Estado da Educação”, escreveu a ministra.

O ministro da Educação afirmou que o presidente Jair Bolsonaro não pediu favorecimento para a dupla de pastores, Gilmar Santos e Arilton Moura, recebidos no MEC e no Palácio do Planalto por diversas vezes, e reforçou que não deixará o cargo.

Segundo o ministro, o processo para receber os religiosos foi como“qualquer outro” e que a liberação de verbas para prefeituras segue “critérios técnicos”, não favorecimento específicos.

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