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Novo chefe da PF é amigo da família Bolsonaro desde a campanha

Aliados políticos pressionaram Jair Bolsonaro para tentar influenciar na escolha do novo diretor-geral da Polícia Federal. No entanto, na decisão pesou o núcleo familiar, e o nome escolhido foi o do atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.

O principal ativo deste delegado da PF desde 2005 é a confiança que ele conquistou na função de chefe da segurança de Bolsonaro na campanha eleitoral após a facada que quase matou o então candidato, em setembro de 2018.

Ramagem foi delegado no Rio de Janeiro, onde o presidente tem seu domicílio eleitoral, e trabalhou em inquéritos da operação Lava Jato, mas não conhecia o presidente até começar a trabalhar com ele.

Apesar do pouco tempo, a relação estabelecida entre o delegado, Jair Bolsonaro e seus filhos se tornou forte e, na posse de Ramagem na Abin, em julho de 2019, Bolsonaro o chamou de “amigo que conheci há pouco tempo”.

No mesmo evento, Bolsonaro falou sobre o que esperava de Ramagem à frente do órgão de inteligência. “Quem tem filhos sabe, a gente quer saber o que está acontecendo na escola”, discursou. “A gente precisa ter informação para se antecipar a qualquer problema. Informação para que a gente possa tomar boas decisões”, disse ainda.

O que pesa contra o nome de Ramagem também é a proximidade do policial com a família Bolsonaro, já que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro deixou o governo reclamando da tentativa de interferência do presidente em investigações da corporação.

Dentro da PF, apesar desse peso, o nome de Ramagem não é mal recebido, até porque a ideia de sua ida para o cargo de diretor-geral já foi discutida em outros momentos.

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Antônio Boudens, confirmou ao  site Metrópoles que o nome não causa resistência em princípio e afirma que o presidente da República tem o direito de fazer alterações em sua equipe, mas alerta que “isso não significa – e garantimos que não irá ocorrer – qualquer tipo de interferência nas investigações criminais da Polícia Federal”.

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Redação SRzd

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