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Mulher de miliciano trabalhou por mais de dez anos no gabinete de Flávio Bolsonaro

Além da mãe, a mulher do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, foragido da Operação “Os Intocáveis” e suspeito de envolvimento com o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco do Psol, também foi contratada para trabalhar no gabinete do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Segundo reportagem do jornal “O Globo”, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega trabalhou mais de uma década com o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.

“De acordo com informações da Alerj, Danielle foi nomeada oficialmente em 6 de setembro de 2007, trabalhando ininterruptamente na equipe de Flávio Bolsonaro até 13 de novembro do ano passado, quando foi exonerada a pedido – terminologia utilizada quando o servidor pede sua desvinculação do cargo comissionado”, diz a reportagem, que aponta ainda que “a nomeação veio poucos meses depois da chegada de Fabrício Queiroz ao gabinete”.

O Ministério Público Federal encomendou o relatório sobre funcionários da Assembleia Legislativa do Rio durante a operação Furna da Onça, que prendeu dez deputados estaduais no mês passado. No documento há informações de que Fabrício de Queiroz movimentou, em apenas um ano, R$ 1,2 milhão em uma conta.

Funcionárias na Alerj

Raimunda Veras Magalhães, mãe de Adriano Magalhães, que trabalhou no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio com salário líquido de R$ 5.124,62, aparece no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) como uma das pessoas que fizeram pagamentos a Fabrício Queiroz. Segundo o órgão, ela depositou R$ 4,6 mil na conta do ex-assessor.

Mulher de Adriano, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega também recebia o mesmo salário da sogra. Ela é listada na Alerj desde novembro de 2010 e foi exonerada junto com a sogra dia 13 de novembro do ano passado.

Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro se posicionam

Em nota divulgada por seu advogado, Queiroz confirmou que foi ele quem indicou a Flávio Bolsonaro a nomeação da mãe e da mulher do ex-capitão do Bope. Ele afirma desconhecer o suposto envolvimento de Adriano da Nóbrega com milicianos e diz repudiar “qualquer tentativa de vinculação” do seu próprio nome com a milícia.

Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro. Foto: Reprodução de Internet

Flávio Bolsonaro emitiu comunicado afirmando ser vítima de uma campanha difamatória com objetivo de atingir o governo de Jair Bolsonaro. Leia a nota:

“A funcionária que aparece no relatório do Coaf foi contratada por indicação do ex-assessor Fabrício Queiroz, que era quem supervisionava seu trabalho.

Não posso ser responsabilizado por atos que desconheço, só agora revelados com informações desse órgão. Tenho sido enfático para que tudo seja apurado e os responsáveis sejam julgados na forma da lei.

Quanto ao parentesco constatado da funcionária, que é mãe de um foragido, já condenado pela Justiça, reafirmo que é mais uma ilação irresponsável daqueles que pretendem me difamar. Sobre as homenagens prestadas a militares, sempre atuei na defesa de agentes de segurança pública e já concedi centenas de outras homenagens. Aqueles que cometem erros devem responder por seus atos.”

– ‘Flávio Bolsonaro na cadeia’ é um dos assuntos mais comentados no Twitter

Redação SRzd

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