Luto no samba! Morre Nelson Sargento, aos 96 anos, vítima de Covid-19

Morreu, às 10h45 desta quinta-feira (27), o cantor e compositor Nelson Sargento, vítima de Covid-19. Ele estava internado desde a última sexta-feira (19) no Instituto Nacional do Câncer (INCA). Sargento era presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira. Ele deixa a esposa, seis filhos biológicos e três adotivos.

+ Vítima de Covid-19, Nelson Sargento já tinha tomado as duas doses da vacina

O sambista deu entrada no hospital na última quinta-feira (20) após ter testado positivo para o novo coronavírus. O sambista precisou ser transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no sábado (22), mas seu quadro clínico piorou nas últimas 24 horas.

Nelson Sargento já tinha sido imunizado contra a Covid-19. A primeira dose de Coronavac foi aplicada em 31 de janeiro, em uma cerimônia no Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro, e a outra foi recebida no dia 26 de fevereiro, na casa do baluarte.

Quem foi Nelson Sargento

Nelson Sargento. Foto: Divulgação

Nelson Sargento, nome artístico de Nelson Mattos, foi um compositor, cantor, pesquisador da música popular brasileira, artista plástico, ator e escritor brasileiro. Era baluarte e presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira. Sua trajetória na música, na literatura e nas artes são suficientes para vários carnavais.

O Sargento, do autor do samba” Agoniza mas não morre” (de 1979), corresponde, na verdade, à mais alta graduação que o cidadão Nélson Mattos atingiu quando serviu ao Exército brasileiro. Viveu durante longos anos nos morros da cidade do Rio de Janeiro. O sambista era considerado cidadão do mundo, já que sua música é conhecida, pelo menos, nas Américas e no Japão.

O compositor mangueirense possui, aproximadamente, quatrocentas músicas em seu repertório. Mudou-se do Morro do Salgueiro para o Morro da Mangueira aos 12 anos de idade. Nelson Sargento milita pelo samba desde os anos 1950, quando o gênero era marginalizado.

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