Lula e Bolsonaro se atacam na web durante posse de Alexandre de Moraes

Jair Bolsonaro e Lula. Fotos: Antonio Augusto/Secom/TSE e Reprodução/Youtube/Justiça Eleitoral

Jair Bolsonaro e Lula. Fotos: Antonio Augusto/Secom/TSE e Reprodução/Youtube/Justiça Eleitoral

O ministro Alexandre de Moraes tomou posse, na noite desta terça-feira (16), como novo presidente do TSE, o Tribunal Superior Eleitoral.

A cerimônia reuniu cerca de dois mil convidados na sede do tribunal, em Brasília, entre eles, o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, José Sarney e Michel Temer. Também participaram vinte e dois governadores, parlamentares, embaixadores estrangeiros, ministros e ex-ministros do Supremo e diversas autoridades.

Dilma, Sarney, Lula e Temer foram acomodados na primeira fileira. Os ex-presidentes ficaram frente a frente com Bolsonaro, acomodado na tribuna, ao lado de outros chefes de Poderes, como o Senado e Câmara dos Deputados.


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Troca de farpas

Segundo fontes ligadas ao site “Valor Econômico”, Bolsonaro e Lula, aguardaram na mesma sala o início da cerimônia. Os dois adversários políticos se colocaram em locais opostos do local reservado apenas a autoridades.

Líderes nas mais recentes pesquisas divulgadas de intenções de votos, o presidente e o petista trocam farpas durante o evento em suas páginas de redes sociais.

A conta de Bolsonaro acusou o PT de causar a maior recessão da história do país durante os governos de Lula e Dilma. Também foi publicado que os petistas entregaram o Brasil com o “maior esquema de corrupção” no governo.

“Lula e Dilma deixaram para os brasileiros um país devastado, com 15 milhões de desempregados, prejuízos bilionários nas estatais e obras inacabadas, além do maior esquema de corrupção, o maior número de assassinatos e a pior década para a economia de toda a nossa História”, diz a publicação.

O perfil do ex-presidente deu um retweet em um post do geógrafo e analista ambiental Pedro Ronchi. A postagem original foi feita no dia 14 de agosto e exalta a criação do SAMU durante o governo de Lula.

“A escolha na eleição é entre o candidato que criou o SAMU e o candidato que imitou pessoas morrendo sem ar na pandemia.”

O que disse o novo presidente do TSE

Em seu discurso, o novo presidente do TSE fez entusiasmada defesa do processo eleitoral brasileiro, em vigor desde 1996 com a implementação das urnas eletrônicas.

Assim como os que tiveram a palavra anteriormente, o ministro destacou a coragem das autoridades que tiveram e têm a missão de defender a democracia, o voto e a tarefa de fazer prevalecer a vontade popular. Alexandre relembrou o período de Ditadura Militar (1964 – 1985), que negou ao povo brasileiro o poder soberano de escolher seu presidente. Os anos de ditadura, classificou como “nefastos”.

Ao sair em defesa da Constituição, Moares alertou para a disseminação de notícias falsas, discursos de ódio e limites da liberdade de expressão.

“A liberdade de expressão não permite a propagação de notícias falsas, de discursos de ódio e de destruição de reputações. A intervenção será mínima (TSE), mas implacável, principalmente diante daquelas (ações) escondidas no covarde anonimato das redes sociais”.

Ao final de sua fala, Alexandre de Moraes cumprimentou Bolsonaro, um dos principais críticos do processo eleitoral brasileiro e que afirmou, repetidas vezes, que o sistema não é confiável, sem apresentar provas.

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