Justiça tira Eduardo Leite do comando do PSDB e manda sigla realizar novas eleições

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, terá que se afastar da presidência do PSDB, que exercia desde fevereiro, por decisão da Justiça. A juíza Thaís Araújo Correia, da 13ª Vara Cível de Brasília, determinou ainda a anulação de todas as decisões tomadas por ele desde o dia seis de julho de 2022, quando ele prorrogou o próprio mandato de forma considerada irregular.

A magistrada acolheu uma demanda impetrada pelo prefeito Orlando Morando, de São Bernardo do Campo, que questiona a legitimidade do dispositivo em vigor desde que o então presidente da sigla, Bruno Araújo, abreviou seu mandato e deixou o cargo, em fevereiro deste ano.

A Comissão Executiva Nacional Provisória teria validade até novembro deste ano, quando as eleições no PSDB definiriam um novo presidente. Só que a decisão judicial, além de anular todas as decisões tomadas pelo órgão até hoje, determinou que uma nova eleição na legenda ocorre em no máximo 30 dias, a contar deste segunda-feira (11).

Com isso, a atual Comissão Executiva, que havia sido formada em fevereiro deste ano, será dissolvida. Os outros dois governadores tucanos, Raquel Lyra, de Pernambuco, e Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, exerciam cargos de vice-presidentes no colegiado e também terão de deixar seus postos.

A decisão é em primeira instância, o que indica que Eduardo Leite e outros filiados que compõe a Comissão Executiva Nacional Provisória podem recorrer, embora nenhum dos integrantes tenha se pronunciado formalmente até o momento indicando esta decisão. Procurada, a sigla afirmou que vai aguardar a notificação para recorrer da decisão.