Isolando o bolsonarismo, ADB também adere defesa da justiça eleitoral no país

Após o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) fazer acusações, insinuações e ataques sobre a segurança e a confiabilidade das urnas eletrônicas e do próprio sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com embaixadores na última segunda-feira (18), um movimento contundente das instituições nacionais passou a isolar a tese que é um dos pilares do chamado “bolsonarismo”.

Nesta quarta, a ADB, Associação dos Diplomatas Brasileiros, emitiu nota afirmando que “tem plena confiança na Justiça Eleitoral brasileira e no sistema eletrônico de votação”.


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A ADB destaca que, por décadas, os diplomatas atuam em apoio às autoridades eleitorais nas eleições presidenciais no exterior, o que possibilita a votação dos brasileiros que moram ou estão em trânsito fora do país.

A manifestação da ADB se soma no grupo das instituições, autoridades e entidades de classe que repudiaram as declarações falsas do presidente sobre o sistema eleitoral durante o encontro com embaixadores.

Ainda nesta quarta, os servidores da ABIN, a Agência Brasileira de Inteligência, também se pronunciaram em comunicado informando que “não há qualquer registro de fraude nas urnas eletrônicas desde a implantação do atual sistema” (leia a nota da ADB):

“Desde sua implantação, em 1996, o sistema brasileiro de votação eletrônica é objeto de reiteradas demandas de cooperação internacional de transferência de conhecimento e tecnologia. Ao longo desse tempo, a diplomacia brasileira testemunhou sempre elevados padrões de confiabilidade que se tornaram referência internacional indissociável da imagem do Brasil como uma das maiores e mais sólidas democracias do mundo. A missão eleitoral do Ministério das Relações Exteriores, que inclui desde o alistamento de eleitores até a transmissão dos votos, mobiliza não apenas servidores do Itamaraty, mas também as comunidades brasileiras. Para 2022, há mais de 600 mil eleitores alistados no exterior”. O documento é assinado pela embaixadora Maria Celina de Azevedo Rodrigues, presidente da entidade.

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