ICMS sobre combustíveis: Cláudio Castro teme pouco resultado nas bombas

Bomba de combustível em posto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Bomba de combustível em posto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governador do Rio, Cláudio Castro participou, nesta terça-feira (7), em Brasília, das discussões sobre o projeto de lei complementar 18/2022, que estabelece um teto na cobrança do ICMS aos estados ao classificar os produtos relacionados a combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo como bens e serviços essenciais. Com isso, seria praticada uma alíquota geral de 17% a 18%.

A reunião foi conduzida pelo presidente do do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e contou com a presença de outros governadores e secretários estaduais de Fazenda.

A proposta que reduz o tributo estadual foi aprovada na Câmara dos Deputados e aguarda a apreciação dos senadores. O texto enfrenta resistência dos chefes dos Executivos estaduais porque tem grande impacto na arrecadação e pode provocar dificuldades financeiras a diversos municípios.

Cláudio Castro. Foto: Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro
Cláudio Castro. Foto: Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro

“Os Estados aceitam algum sacrifício, mas não podemos inviabilizar as políticas públicas de saúde, educação, infraestrutura. Uma das metas do governo do Rio de Janeiro é a redução da carga tributária, mas à luz do Plano de Recuperação Fiscal”,  declarou Cláudio Castro.

O governador destacou ainda que é preciso chegar a um consenso para fazer o abatimento chegar à população.

Na forma atual, o PLP impõe grandes perdas aos Estados, com um desconto que dificilmente chegará “na ponta”, segundo o governador.

“Os Estados colocaram os impactos que a medida teria e os senadores ressaltaram o momento de dificuldade política, pela alta da inflação. No entanto, há dúvida sobre a efetividade dessa ação, de os estados terem uma perda muito grande e isso, de fato, não chegar na população”,  afirmou o político.

Nesta quarta-feira (8), uma segunda rodada com governadores vai discutir novas sugestões e, em uma terceira reunião, os secretários de Fazenda e o relator do projeto vão trabalhar em uma nova versão do texto que vai à votação no Senado.

O ICMS é um tributo estadual e compõe o preço da maioria dos produtos vendidos no país, incluindo os combustíveis. A proposta que limita a cobrança do imposto já foi aprovada pela Câmara e aguarda análise do Senado.

Os governadores resistem à aprovação da proposta porque, se a alíquota de ICMS é reduzida, cai a arrecadação do tributo. Secretários estaduais de Fazenda estimam que essa perda gire em torno R$ 100 bilhões.

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