Fachin encaminha ao plenário do STF decisão sobre suspender inquérito das fake news

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin encaminhou para análise do plenário da Corte, nesta quinta-feira (28) o pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, para suspender o inquérito que apura divulgação de fake news e agressões contra o Supremo.

Na quarta-feira (27), dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) disseram ao blog de Gerson Camarotti, no G1, que não há possibilidade da corte aceitar o pedido de suspensão do inquérito das fake news feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. A reportagem ainda informa que os membros do tribunal estão unidos para barrar “qualquer tentativa de intimidação” contra eles. “Chance zero” do pedido se aceito, disse um dos ministros.

O pedido de Aras foi feito após operação da Polícia Federal (PF), que cumpriu quase 30 mandados de busca e apreensão, no âmbito do inquérito, que é presidido, no STF, por Alexandre de Moraes.

Entre os que foram alvos de ação da PF estão oito deputados bolsonaristas; o novo aliado de Jair Bolsonaro, do Centrão, Roberto Jefferson; Sara Winter, que ameaçou o ministro do STF Alexandre de Moraes, que preside o inquérito; o dono da Havan, Luciano Hang; o dono da Smart Fit, Edgard Corona; e outros blogueiros bolsonaristas.

Os influenciadores bolsonaristas alvos de busca e apreensão da Polícia Federal na quarta-feira (27) somam em seus perfis oficiais no Youtube, Facebook, Twitter e Instagram 19 milhões de fãs e seguidores.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda incluiu parte do período da campanha eleitoral de 2018 ao determinar a quebra dos sigilos bancário e fiscal de empresários suspeitos de financiar uma rede de fake news, como os donos da Havan, Luciano Hang, e da Smart Fit, Edgard Corona.

Assim como o decano do STF, Celso de Mello, que lidera inquérito sobre possível intervenção de Jair Bolsonaro na PF, Moraes também está sendo alvo de ataques de seguidores de Jair Bolsonaro, como Sara Winter, que usou suas redes sociais para ameaçá-lo. Ela chamou-o de “filho da p…”, dizendo que irá cobri-lo de “porrada” e ressaltando: “vamos descobrir os lugares que o senhor frequenta”.

Nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que “não haverá mais outro dia como ontem” e que “acabou porra”. Além disso, o deputado federal Eduardo Bolsonaro convocou novas manifestações para o próximo domingo colocando ataques ao ministro Alexandre de Moraes no centro.










Comentários

 




    gl