Eleito presidente do TSE, Alexandre de Moraes promete eleições limpas, seguras e transparentes

O ministro Alexandre de Moraes foi eleito nesta terça-feira (14) para a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A votação simbólica para escolha do ministro foi realizada durante sessão do tribunal. 

A eleição é uma formalidade de praxe que é feita pelo TSE. Atualmente, Alexandre de Moraes ocupa o cargo de vice-presidente. Em agosto, com a saída de Edson Fachin, atual presidente, Moraes passará a presidir a Corte Eleitoral e comandará a organização as eleições de outubro.

Após a eleição, Moraes pediu a palavra para agradecer a confiança que lhe foi confiada pelos votos dos colegas de bancada. Em seu discurso, ele indicou que a sua gestão à frente da Corte será de tolerância zero contra as milícias digitais.

“Nossas eleitoras e [nossos] eleitores não merecem a proliferação de discursos de ódio, de notícias fraudulentas e da criminosa tentativa de cooptação, por coação e medo, de seus votos por verdadeiras milícias digitais”, disse o ministro após ser declarado presidente eleito do TSE.

Defendendo a união entre as instituições brasileiras, Alexandre de Moraes fez questão de reforçar que não aceitará nenhuma intervenção ou ação que vise atrapalhar o pleito e indicou que punições poderão ser aplicadas.

“A Justiça Eleitoral não tolerará que milícias, pessoais ou digitais, desrespeitem a vontade soberana do povo e atentem contra a democracia no Brasil”, destacou.

“O momento é de união, esperança e fortalecimento da democracia, único regime onde todo poder emana do povo e em seu nome é exercido, por meio de eleições limpas, seguras e transparentes”, completou Moraes.

Quem é Alexandre de Moraes

Alexandre de Moraes, de 53 anos, se formou em direito pela Universidade de São Paulo em 1990. É doutor em direito do estado. Foi promotor de Justiça em São Paulo por 11 anos. Em 2002 foi nomeado secretário de Justiça do estado. Depois, foi secretário de Segurança Pública e ministro da Justiça do governo Temer.

Ele tomou posse no Supremo Tribunal Federal em março de 2017, indicado por Temer. Está no TSE também desde 2017, quando assumiu uma vaga de ministro substituto.

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