Eduardo Bolsonaro vira alvo de investigação da Polícia Federal por comparar professores a traficantes

Eduardo Bolsonaro em discurso. Foto: Reprodução/Youtube

Eduardo Bolsonaro em discurso. Foto: Reprodução/Youtube

A Polícia Federal (PF) solicitou a abertura de um inquérito contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro por suas declarações sobre professores, informa Aguirre Talento, do UOL.

Durante um discurso proferido em 9 de julho, o parlamentar comparou um “professor doutrinador” a um “traficante que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime”.

Após análise dos fatos, a PF vai definir quais crimes o parlamentar é suspeito de ter cometido. Uma das hipóteses é a de incitação ao crime, por estimular violência contra os professores.

Segundo o deputado, um professor doutrinador causaria “discórdia dentro da sua casa, enxergando a opressão em todo o tipo de relação”: “Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior, porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando a opressão em todo o tipo de relação. Fala que o pai oprime a mãe, a mãe oprime o filho e aquela instituição chamada família tem que ser destruída”.

Gilvan da Federal também será investigado

Além disso, a PF também abrirá uma investigação sobre o deputado federal Gilvan da Federal, que estava presente no mesmo evento armamentista ao lado de Eduardo Bolsonaro. Durante seu discurso, o colega do parlamentar fez críticas ao ministro da Justiça, Flávio Dino.

“Esse ministro da Justiça não representa a Polícia Federal, não representa o povo brasileiro. Um ministro da Justiça que vai em uma comunidade dominada por uma facção, sem trocar tiro. Em comunidade dominada só sobe trocando tiro ou com autorização. E eu digo como o sargento Fahur (outro parlamentar bolsonarista): Flávio Dino, vem tomar minha arma se você é homem. Vem tomar minha arma”, discursou Gilvan no ato, referindo-se a Flávio Dino. As defesas de Eduardo Bolsonaro e Gilvan não se manifestaram.

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