Delegado que prendeu suspeitos de morte de Marielle será afastado

Giniton Lages, delegado da Polícia de Homicídios da Capital. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Giniton Lages, delegado da Polícia de Homicídios da Capital. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O delegado responsável pela investigação da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, será afastado do caso pela Polícia Civil, segundo a coluna Lauro Jardim desta quarta-feira (13). Na terça (12), dois suspeitos foram presos: Ronnie Lessa, policial militar reformado, e Élcio Vieira de Queiroz, que foi expulso da Polícia Militar.

De acordo com o colunista, o delegado Marcus Vinícius Braga, chefe da Polícia Civil, vai indicar na próxima semana um novo profissional para a segunda etapa da investigação, que cuidará em descobrir quem mandou matar Marielle e Anderson. “Oficialmente, o motivo dado será que ele cumpriu sua missão”, escreveu o jornal.

Na tarde desta quarta-feira (13) o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel esclareceu que o delegado passará quatro meses na Itália para montar um programa de aperfeiçoamento para os delegados fluminenses e também ajudar na criação de um programa para os policiais italianos que virão ao Rio de Janeiro.

“O delegado Giniton não será exonerado. Trabalhou neste caso, acumulou muita informação e nós já estávamos trabalhando em um programa com a Itália e com os Estados Unidos. Como ele está com muita experiência adquirida e nós estamos com o intercâmbio com a Itália para estudar máfia, para estudar os movimentos criminosos ele vai fazer esta troca de experiência com a polícia italiana”, disse o governador.

“Ele não está sendo afastado de nada. Ele encerrou uma fase. Esta nova fase, uma outra autoridade policial pode continuar”, disse Witzel.

Witzel ainda não sabe quem irá assumir as investigações naquilo que classificou ser uma nova fase nas investigações do duplo assassinato.

* Nota atualizada às 16h42 para acrescentar a declaração do governador do Rio

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