CPI: Queiroga desconhece ‘guerra química’, defende lockdown e despista sobre cloroquina

Marcelo Queiroga na CPI da Covid-19. Foto: Reprodução da TV Senado

A CPI da Covid ouviu, nesta quinta-feira (6), desde às 10h, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no Senado Federal.

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No cargo há pouco mais de um mês e no dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 15 milhões de infectados e mais de 416 mil mortos, Queiroga foi questionado sobre as estratégias do governo Federal no combate à pandemia do novo coronavírus, entre elas, o atraso da vacinação no país e a insistência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no uso de medicamentos sem comprovação científica, no chamado “tratamento precoce”. Durante seu depoimento, Queiroga não deixou claro se concorda ou não com a posição do presidente sobre uso da cloroquina no tratamento precoce.

Queiroga afirmou que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, a Conitec, ainda vai se posicionar sobre o uso da cloroquina, sendo o Ministério da Saúde a última instância a se manifestar no caso.

“Eu estou aqui na condição de testemunha, o senhor quer que eu emita juízo de valor. Não tenho que fazer juízo de valor sobre as posições do presidente da República”, respondeu Queiroga à questão do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB), após muita insistência dos demais parlamentares sobre o mesmo tema.

O titular da pasta da Saúde também foi questionado diversas vezes sobre as declarações dadas pelo presidente na última quarta-feira. Sem citar o nome do país, Bolsonaro insinuou que a China teria criado o novo coronavírus como parte de uma “guerra química”. A resposta padrão do ministro na CPI foi a de que ele não poderia fazer juízo de valor sobre falas do presidente.

Também houve perguntas sobre eventuais falhas do Ministério da Saúde antes de sua chegada ao cargo e, nesses casos, a resposta também foi padrão; de que não poderia falar sobre gestões anteriores.

Na esteira de sua fala, o ministro afirmou que Bolsonaro lhe deu autonomia para formar sua equipe e que é a favor de que estados e municípios possam adotar medidas restritivas como lockdown.

Quanto às vacinas, informou que há 430 milhões de doses efetivamente contratadas, somadas a outras da Fiocruz, que não têm contrato, mas, segundo ele, estão asseguradas, totalizando 562,9 milhões. Ele ainda disse que não foi consultado sobre a possibilidade de um decreto, citado ontem pelo presidente, para garantir o que ele chamou de “direito de ir e vir” da população durante a pandemia e, perguntado por Tasso Jereissati (PSDB) se tinha conhecimento de alguma informação que aponte a origem do coronavírus como uma “guerra química” proveniente da China, respondeu:

“Eu desconheço esses aspectos. O que posso dizer em relação à China é que nossa relação com o embaixador da China é a melhor possível”, ponderou.

Os senadores que compõem a CPI decidiram adiar, para a próxima terça-feira, o depoimento do diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, que estava previsto para a tarde de hoje, para ouvir por mais tempo o ministro da Saúde.

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