Com 600 mortes em 24h, hospitais particulares pedem leitos de UTI no SUS em São Paulo

Pacientes com Covid-19. Foto: Reprodução

O boletim da Covid-19 no estado de São Paulo registrou, nesta terça-feira (16), mais um recorde de mortes causadas pela doença. Desta vez, 679 vidas foram perdidas em 24 horas. Além disso, as Unidades de Terapia Intensiva atingiram 89% de ocupação no estado e superam 90% na grande São Paulo.

Em números absolutos, o estado de São Paulo é o mais atingido pela Covid-19 no Brasil. Desde o primeiro caso confirmado, já foram registrados 1.225.926 diagnósticos positivos e 64.902 óbitos. Atualmente, há um avanço perceptível no número óbitos, casos e internações na região, que vive o momento mais crítico da pandemia.

O recorde anterior tinha sido na sexta-feira (12), com 521 mortes. A escalada de casos tem sido assustadora. No mês passado, o número ficava abaixo das 400 vítimas fatais. Os números chocam quando comparados aos do ano passado: no dia 20 de agosto de 2020, exatamente 679 pessoas morreram –mas em todo o Brasil.

O médico cardiologista Marcelo Queiroga, que foi confirmado por Jair Bolsonaro para substituir o general Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde, afirmou, nesta terça-feira (16), que a atual política de saúde “é do governo de Jair Bolsonaro”, e que compete à pasta apenas executar as ações.

Hospitais particulares de São Paulo estão pedindo leitos de UTI na rede pública. Foi o que revelou o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, em entrevista ao jornalista José Luiz Datena.

“Só nos últimos quatro dias, recebemos solicitação de 30 vagas de hospitais privados. Hospital privado pedindo leito no Sistema Único de Saúde. Nunca aconteceu isso no país. Trinta leitos de UTI solicitados por hospitais privados na nossa rede. Nem quem tem convênio está conseguindo tratamento”, disse o secretário.

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