Bolsonaro sobre compra de Viagra para Forças Armadas: ‘Com todo o respeito, não é nada’

Bolsonaro em café da manhã com pastores. Foto: Reprodução/Instagram Major Vitor Hugo

Bolsonaro em café da manhã com pastores. Foto: Reprodução/Instagram Major Vitor Hugo

O presidente Jair Bolsonaro defendeu as Forças Armadas das acusações de terem comprado desnecessariamente o remédio Viagra, usado para disfunção erétil, e garantiu que o medicamento será usado para tratar Hipertensão Pulmonar Arterial (HPA).

“As Forças Armadas compram o Viagra para combater a hipertensão arterial e também as doenças reumatológicas. Foram 30 e poucos mil comprimidos para o Exército, 10 mil para a Marinha e não peguei da Aeronáutica. Mas, perfazia 50 mil comprimidos. Com todo o respeito, não é nada”, disse Bolsonaro ao lado de Michelle Bolsonaro, primeira-dama, e Damares Alves, que deixou o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos para ser candidata ao Senado, durante um café da manhã com pastores no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (13).

Alegando perseguição da imprensa, o presidente disse ainda que “as Forças Armadas estão apanhando muito de ontem para hoje” por causa das compras do Viagra, sem citar as licitações para tônico capilar e para próteses penianas.

Os dados sobre as compras de Viagra pelas Forças Armadas foram levantados pelo deputado Elias Vaz, do PSB, com base no Portal da Transparência e no painel de preços do governo. Os pregões, feitos a partir de 2020, preveem a compra do Citrato de Sildenafila –nome genérico do medicamento– em dosagens de 25mg e 50mg.

As Forças Armadas alegam que o remédio será usado exclusivamente para HPA e que foram comprados dentro do orçamento do sistema de saúde exclusivo das forças, que atendem militares em todo o país.

O medicamento é de fato usado para HPA. No entanto, a bula de duas versões da Sildenafila usadas para essa doença indicam uma dosagem diferente, em comprimidos de 20mg, que podem ser usadas de 8 em 8 horas.

Depoimento de Jair Renan Bolsonaro

Bolsonaro também comentou o caso do filho Jair Renan, que na semana passada prestou três horas de depoimento à Polícia Federal, em Brasília. Ele é investigado por suspeita de lavagem de dinheiro e de tráfico de influência no governo federal.

“O moleque tem 24 anos agora, acho que ninguém conhece ele, vive com a mãe, há muito tempo está longe de mim, mas recebo ele de vez em quando aqui. Tem a vida dele, não vou dizer se está certo ou se está errado, mas peço a deus que o proteja. Mas isso é o tempo todo, é 24 horas por dia”, disse o presidente.

Leia também:

+ Laboratórios terão que fornecer bulas digitais de remédios

+ Assembleia define nesta quarta-feira o novo presidente da Petrobras

+ PGR é acionada para investigar estatal, empreiteira e Jair Bolsonaro

Comentários

 




    gl