Após anúncio, do Ministério da Saúde, sobre a compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac – desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, o presidente Jair Bolsonaro publicou em rede social a afirmação de que a vacina “não será comprada”.
A publicação do presidente ocorreu em resposta a um internauta que escreveu “Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa”. O perfil oficial do presidente, então, respondeu em letras maiúsculas: “NÃO SERÁ COMPRADA”.
Nesta terça-feira (20), o governo federal confirmou que irá adquirir o imunizante após aprovação na Anvisa. O potencial imunizante contra o novo Coronavírus está em fase final de estudos clínicos no Brasil e se mostrou totalmente seguro nos testes realizados desde o final de julho.
Vale lembrar que desde as primeiras fases do desenvolvimento da vacina, o presidente faz declarações que criticam a tecnologia chinesa e questionam a segurança no imunizante. Até o momento, a CoronaVac é considerada a vacina mais promissora entre as que testam no Brasil.
A ação é mais um passo na estratégia de ampla oferta de vacinação aos brasileiros. A vacina, segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello será incluída no PNI (Plano Nacional de Imunizações).
Nesta semana, Bolsonaro afirmou a apoiadores que a vacina contra o novo Coronavírus “não será obrigatória e ponto final”, e voltou a criticar o governador de São Paulo, João Doria do PSDB, que defende a obrigatoriedade da dose.
“O Programa Nacional da Vacinação, incluindo as vacinas obrigatórias, é de 1975. A lei atual incluiu a questão da pandemia. Mas a lei é bem clara e quem define isso é o Ministério da Saúde. O meu ministro da Saúde [Eduardo Pazuello] já disse, claramente, que não será obrigatório esta vacina e ponto final”, enfatizou o presidente.
Somadas, as três vacinas – AstraZeneca, Covax e Butantan-Sinovac – representam 186 milhões de doses, a serem disponibilizadas ainda no primeiro semestre de 2021, já a partir de janeiro.
Profissionais de saúde e grupos de risco deverão ser os primeiros a receber a vacina. O Ministério da Saúde ainda acompanha mais de 200 estudos referentes à produção das vacinas contra a Covid-19 e não descarta novas compras, caso haja necessidade.
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