Bolsonaro ameaça editar decreto: ‘O povo estará ao nosso lado’

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta quarta-feira (5), que pode editar um decreto para garantir o “direito de ir e vir” e que, se for publicado, “será cumprido e não será contestado por nenhum tribunal”.

“Nas ruas, já se começa pedindo que o governo baixe um decreto. E, se eu baixar um decreto, vai ser cumprido, não será contestado por nenhum tribunal. O Congresso estará ao nosso lado. O povo estará ao nosso lado. Quem poderá contestar o artigo 5º da Constituição? O que está em jogo? Queremos a liberdade para poder trabalhar, queremos o nosso direito de ir e vir. Ninguém pode protestar isso. E esse decreto que eu baixar, repito: será cumprido, juntamente com nosso Parlamento, juntamente com nosso poder de força, juntamente com nossos 23 ministros”, disse em evento no Palácio do Planalto; a abertura da Semana das Comunicações.

Estavam no encontro o vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), os ministros das Comunicações, Fábio Faria, e Luiz Eduardo Ramos, da Casa Civil, o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, e o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Bolsonaro ainda chamou de “canalha” quem é contrário ao “tratamento precoce” contra a Covid-19, falou sobre a CPI que transcorre no Senado Federal e voltou a atacar a imprensa:

“Canalha é aquele que critica o tratamento precoce e não apresenta alternativa. Esse é um canalha. O que eu tomei todo mundo sabe. Por que não se investe em remédio? Porque é barato demais (…). Essa CPI, tenho certeza, em especial, será excepcional no final da linha, vai mostrar, sim, o que alguns fizeram erradamente com bilhões entregues pelo governo para seus respectivos Estados e municípios (…). A imprensa escreve: ‘O presidente estava sem máscara’. Já encheu o saco isso”, comentou.

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