Alexandre de Moraes sobre 8 de janeiro: ‘Não foi baderna, foi golpe’

Alexandre de Moraes. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Alexandre de Moraes. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu entrevista à revista Veja, na qual abordou os eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram o Palácio dos Três Poderes em Brasília.

Moraes afirmou que não se tratou de um ato de baderna, mas sim de uma tentativa de golpe. Segundo o ministro, as investigações da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República indicam que houve uma ação organizada e financiada para depor o governo eleito e fechar o Supremo Tribunal Federal.

O ministro destacou que, mesmo com a presença de uma ata assinada por autoridades que proibia a entrada dos manifestantes na Esplanada dos Ministérios, houve uma omissão dolosa por parte da Polícia Militar, permitindo a invasão. Ele ressaltou que as imagens dos carros blindados da Polícia Militar se retirando e permitindo a passagem indicam fortes indícios de crime.

De acordo com Alexandre de Moraes, a Procuradoria Geral da República denunciou oficiais da Polícia Militar por essa omissão. Ele também mencionou que a tentativa de golpe envolveu uma incitação criminosa por várias autoridades públicas, chegando ao ápice nas manifestações de 7 de setembro de 2021.

O ministro esclareceu que, apesar de elementos isolados das Forças Armadas terem aderido à tentativa de golpe, as instituições agiram dentro da democracia e destacou que a instrumentalização das redes sociais desempenhou um papel crucial na incitação da população, dizendo que nenhum direito fundamental, incluindo a liberdade de expressão, é absoluto e que a instrumentalização das redes sociais foi evidente no dia 8 de janeiro.

Alexandre de Moraes concluiu a entrevista enfatizando a importância de uma reação forte das instituições para preservar a democracia no Brasil, fazendo um alerta contra a comemoração da tentativa de golpe e instigação de novas ações dessa natureza, destacando que tais atitudes configuram crimes.

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