Bolsonaristas sugerem marcar casas e comércios de petistas; prática é nazista
O Ministério Público da cidade de Casca, no interior do estado do Rio Grande do Sul, entrou com pedido de providências contra assédio eleitoral verificado na região.
Nesta segunda-feira (7), mais de 120 estabelecimentos comerciais tiveram de fechar as portas em decorrência de um suposto boicote. A razão é presália aos comerciantes e prestadores de serviço que teriam votado no presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nas redes sociais e em grupos no WhatsApp e do Telegram, bolsonaristas incentivam supostos eleitores do candidato petista a marcarem suas casas com o símbolo do PT. Em uma das mensagens, ameaçam: “Atenção, petista, coloquem esse adesivo na porta do seu negócio. Mostre que você tem orgulho de quem elegeu”.
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Em outra publicação, marcada com a bandeira do Brasil, recomenda: “A partir de hoje, vejam onde vocês vão gastar seu dinheiro. Vamos comprar e usar serviços somente de quem pensa como você”.
No município, que possui 9 mil habitantes, o candidato derrotado Jair Bolsonaro (PL) teve 71% dos votos, contra 22% de Lula.
O boicote a judeus ficou conhecido como Judenboykott. Essa foi a primeira ação coordenada pelo regime nazista contra os israelitas na Alemanha, e teve início no dia 1 de abril de 1933. Naquela ocasião, ficou estabelecido que os alemães “puros” não deveriam comprar em lojas ou outros estabelecimentos que os nazistas identificassem como sendo propriedade de judeus; também não deveriam ir aos consultórios ou escritórios de profissionais judeus da área de saúde.
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