Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

‘A Cabana’: ‘Acho que Deus nos fez à Sua imagem’, diz Octavia Spencer no Rio

Octavia Spencer e Sam Worthington em cena (Foto: Divulgação).

Um dos grandes nomes do cinema contemporâneo, Octavia Spencer desembarcou no Rio de Janeiro esta semana para divulgar seu novo longa-metragem: “A Cabana” (The Shack – 2017), que estreia no dia 06 de abril. E um de seus compromissos foi uma conversa com a imprensa na tarde desta segunda-feira, dia 27, no Hotel Windsor Atlântica em Copacabana, Zona Sul da Cidade.

 

Num clima descontraído, a coletiva começou com um tema polêmico, pois a atriz foi perguntada por um jornalista canadense sobre o que Deus poderia dizer ao presidente americano Donald Trump, cujo mandato começou recentemente e de forma polêmica. “A minha mensagem para Trump é a mesma que para as outras pessoas: amem uns aos outros. É assim que vivo e é essa a mensagem do filme”, disse a atriz.

 

Profissional versátil e que não tem medo de se arriscar em seus projetos, Spencer assumiu a responsabilidade de interpretar Deus em “A Cabana”, um papel fundamental para o desenvolvimento do protagonista vivido por Sam Worthington, popularmente conhecido como o Jake Sully de “Avatar” (Idem – 2009). Classificada pela atriz como “orgânica”, a relação entre os dois personagens assume uma atmosfera maternal, uma vez que cabe a Papa (Spencer) conceder os meios para Mack (Worthington) se curar da dor da perda da filha mais nova, raptada e assassinada durante as férias familiares, sem obriga-lo a perdoar nem mesmo a acreditar na experiência.

 

“Não há nenhuma referência para interpretar Deus. Então tive que procurar por humanidade e, para mim, o caminho era encarar uma relação entre mãe e filho. Uma mãe que traiu ou machucou seu filho de alguma maneira”, contou a atriz que se preparou com a ajuda de um pastor que lhe ensinou mais sobre o Cristianismo.

 

Bastante simpática e à vontade durante toda a conversa com a imprensa, Octavia Spencer comentou que sua grande expectativa em torno desta adaptação da obra homônima de William P. Young é que sua mensagem sensibilize o público de alguma forma, oferecendo-lhe esperança e cura numa época conturbada. “Acho que todos nós temos experiências tão diferentes que nos formam. E a mensagem do filme é diferente para cada pessoa”, complementando: “Acho que Deus nos fez à Sua imagem. E o fato de William P. Young ter incluído latinos, asiáticos, israelitas e afro-americanos, não muda a forma do Cristianismo”.

 

“Quando li o livro, li porque ganhei de presente e achava que era um thriller, amei a maneira como a fé foi introduzida e senti que ele (personagem Mack) tinha perguntas importantes para Deus. Perguntas que pessoas comuns fariam. Então, minha motivação para interpretar o personagem era participar de um filme que permitisse esse tipo de cura”, complementou Spencer.

 

Com pouco tempo na agenda para aproveitar a estadia na capital fluminense, Octavia Spencer comparou a geografia da cidade com a das locações canadenses: “Uma das minhas coisas favoritas em filmar no Canadá eram as locações naturais. Dava para perceber as mãos de Deus e acreditar no paraíso. E o Rio tem muito de todas essas coisas que amo. As montanhas e as lindas paisagens”.

 

Vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por “Histórias Cruzadas” (The Help – 2011), Spencer vive uma boa fase em sua carreira, que lhe rendeu uma indicação ao Golden Boy neste ano, na mesma categoria, por “Estrelas Além do Tempo” (Hidden Figures – 2016).

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