Mulher decide parar de se depilar e compartilha experiência na web; ‘A vida é curta’

Miranda Nodine. Foto: Reprodução – Instagram

“É a liberdade de viver a vida sem se preocupar o tempo inteiro se alguém pode ver que você é peluda. A vida é curta, mas seus pelos não precisam ser”.

Miranda Nodine, de 28 anos de idade, foi diagnosticada com síndrome do ovário policístico aos 16 anos. Geralmente, as mulheres que têm esse distúrbio hormonal possuem altos níveis de hormônios masculinos e sofrem com uma série de sintomas, como menstruação irregular, ganho de peso e hirsutismo , ou excesso de pelos no corpo, como é o caso desta jovem.

Em entrevista ao “Daily Mail”, Miranda conta que passou anos tentando esconder a condição médica e até os 20 anos de idade costumava se depilar quase todos os dias. “Eu gastava horas e horas tentanto remover os pelos. Ficava cinco horas ou até mais tempo no banho tentanto depilar tudo”, diz. “Isso se tornou muito difícil quando eu fiquei mais velha, então decidi parar”.

Além das sessões de depilação, ela também costumava se esconder embaixo de roupas. “Costumava calças durante o verão e esconder o máximo de pele que eu conseguia. Sempre que eu estava me vestido para sair, fazia questão de que todas as partes peludas estivessem cobertas, incluindo meus ombros.”

Essa percepção sobre o próprio corpo mudou quando que ela criou uma página no Facebook, depois de se sentir desmotivada e com a autoestima baixa por ver publicações com conteúdo sobre beleza e perda de peso. “Eu vi muitas mulheres compartilhando suas jornadas de vida e como elas perderam peso, eu queria aquela força e coragem, mas não estava pronta.”

Então, a sogra de Miranda a aconselhou a criar uma página na rede social voltada para mulheres com hirsutismo. “Na mesma hora eu sabia que precisava fazer isso. Decidi compartilhar minha história no Instagram, porque vi que lá não tinha muitas mulheres como eu, que decidiram parar de se depilar, então tirei uma foto e falei sobre a minha vida.”

Miranda compartilha conselhos nas redes, a fim de ajudar outras mulheres que enfrentam os mesmos problemas e têm síndrome do ovário policístico. “Amar a si mesma dá trabalho. Muito trabalho. Mas é o trabalho mais gratificante que você vai fazer. Ainda estou aprendendo todos os dias que eu valho a pena e que sou algo além do hirsutismo”, diz.

“Um dia você vai acordar e se perguntar porque levou tanto tempo para isso. É a liberdade de viver a vida sem se preocupar o tempo inteiro se alguém pode ver que você é peluda. É a liberdade de finalmente abaixar o barbeador e passar seu tempo com as pessoas que te amam ao invés de tentar se encaixar no padrão chato da sociedade. Seja você. A vida é curta, mas os seus pelos não precisam ser.”

Comentários

 




    gl