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Menção honrosa para quem transforma em dança o amor pelo samba

Menção honrosa para que transforma em dança o amor pelo samba. Foto: Divulgação

Menção honrosa para que transforma em dança o amor pelo samba. Foto: Divulgação

No Carnaval, para se manter a tradição, é preciso fundamento para acompanhar a evolução sem perder a tradição. A Amespbeesp surgiu em 1995 com o objetivo de valorizar a dança e os ritos e rituais relacionados ao mestre-sala, porta-bandeira e porta-estandarte. Além disso, a entidade funciona, sem fins lucrativos, como guardiã das memórias que faz desta arte a mais respeitada dentro do terreiro de samba.

Assim é com o dia 10 de junho, data em que se comemora na cidade de São Paulo, o dia do mestre-sala, porta-bandeira e porta-estandarte. Esta história começou no final da década de 90, quando Juliana Cardoso, então menina, era uma das alunas no curso de formação da Amespbeesp.

Maria Gilsa. Foto: Carlos Rincon

Sua instrutora foi Maria Gilsa Gomes do Santos, grande protagonista da história do samba paulistano, tendo dedicado 34 anos de sua vida ao posto de porta-bandeira em algumas escolas, entre elas a Acadêmicos do Tucuruvi e a Sociedade Rosas de Ouro. Falecida em 2008, seu legado se estende até os dias de hoje, já que muitos de seus ensinamentos são passados às novas gerações na formação de jovens dançarinos.

Os anos se passaram e Juliana se tornou porta-bandeira da escola de samba Tradição da Zona Leste. Na época, esta entidade, que foi extinta, era comandada pelo sambista Serginho. Juliana além de ostentar o pavilhão, tinha um trabalho social na região, que mais tarde a levou para uma cadeira na Câmara Municipal.

Juliana Cardoso jamais perdeu seus laços com os sambistas. Conhecedora da importância do pavilhão e seus condutores, fez uma lei para termos reconhecimento através de uma data especial. Assim escolheu o dia 10 de junho, que é o dia de fundação da nossa Amespbeesp, e, em sessão solene, fez uma linda homenagem para Maria Gilsa.

Em 2011, com a lei 15.404, esta data ficou estabelecida como a máxima para todos os casais do Carnaval, uma homenagem a todos os sambistas paulistanos, uma vez que eles ostentam e protegem o símbolo máximo das nossas escolas de samba.

Os pavilhões carregam o peso histórico das agremiações. Ali estão memórias, alegrias, tristezas e glórias. Sabemos que por trás de gente nobre, existe uma massa que os prepara e os auxilia para o momento do maior protagonismo: o desfile oficial.

Deixo aqui uma menção honrosa àqueles que transformam em dança seu amor pelo samba, e que trazem a beleza de seus movimentos para engrandecer nosso Carnaval.

Axé !

 

Ednei Mariano está em sua quarta temporada no portal SRzd trazendo sempre o universo da arte da dança dos casais de mestre-sala e porta-bandeira.

As publicações são semanais, sempre às sextas-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe!

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