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‘Blade Runner 2049’ não faz feio diante do original

Blade Runner 2049. Foto: Divulgação

Blade Runner 2049. Foto: Divulgação

Digno. “Blade Runner 2049” pode não ser o grande filme tão efusivamente alardeado e festejado que todos desejávamos, mas é uma continuação digna do clássico/cult de 1982. E a palavra é exatamente esta: continuação. Não é remake, não é reboot, não é spin off ou qualquer outro destes estrangeirismos. É uma continuação típica, destas que o tempo transcorrido dentro da vida real é praticamente o mesmo transcorrido fora dela. Ou, trocando em miúdos, passaram-se pouco mais de 30 anos tanto para todos nós, meros mortais, como para os personagens do filme.

Coube a Hampton Fancher, que roteirizou o primeiro “Blade Runner” a partir do conto de Phillip K. Dick, desenvolver o argumento e corroteirizar, ao lado de Michael Green (também corroteirista de “Logan”) esta nova história agora ambientada no ano de 2049.

Não chega a ser um argumento dos mais surpreendentes ou geniais, na medida em que retoma a milenar questão das paternidades ocultas e secretas, e adiciona pitadas de discussão sobre os limites dos relacionamento virtuais, como já havia acontecido em “Ela”, por exemplo. O que realmente encanta é a sobriedade da direção sem pressa do canadense Denis Villeneuve (de “Sicário” e “A Chegada”), que demonstra um profundo respeito à obra original, mantendo o caráter filosófico e reflexivo do primeiro filme e – importante – não cedendo à tentação fácil e mercantilista de transformar “Blade Runner” num blockbuster de ação.

Particularmente, lamento apenas o quase nenhum reaproveitamento da histórica trilha sonora original composta por Vangelis.

Recomenda-se efusivamente ver ou rever o filme original antes de embarcar nesta nova viagem até 2049. A estreia é nesta quinta, 5 de outubro.

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