Em meio à crise, Severo Luzardo admite possibilidade de trocar projeto da Ilha

Severo Luzardo, carnavalesco da União da Ilha. Foto: Reprodução.

Severo Luzardo estreou no último Carnaval como carnavalesco da União da Ilha do Governador depois de muitos trabalhos realizados na Série A. A agremiação insulana ficou em oitavo lugar, apesar de um desfile bastante elogiado plasticamente. Para o Carnaval 2018, um ano atípico de muita crise para a festa, a escola apresenta o enredo “Brasil bom de boca”. Em conversa com o SRzd, o carnavalesco falou a respeito de diversos temas atuais, como a crise do Carnaval, interdição dos barracões e confecção dos protótipos apresentados em outubro.

Num ano de muitas complicações financeiras, como o não repasse por completo da subvenção da prefeitura, Severo admitiu a possibilidade de trocar o projeto da Ilha e se diz acostumado às dificuldades, devido a experiência adquirida no grupo de acesso.

– Como eu venho de escola de acesso que tem dificuldades financeiras, meu mundo não mudou muito (risos). Eu sigo com as mesmas dificuldades de sempre. Eu sou um cara acostumado, eu não tenho pudor de trocar o meu projeto. Se precisar, eu troco tranquilamente. Tem um momento que você se despe da ideia original e vai para um plano B.

O carnavalesco também confessou estratégias utilizadas durante a confecção dos protótipos das fantasias e afirmou ter conseguido êxito no trabalho que foi aprovado pela comunidade. (Veja também a opinião de Severo sobre a festa de protótipos)

– A União da Ilha começou o projeto muito cedo e com pé no chão. Nós tivemos que trocar materiais e escolher os mais simples, mas não perdemos os efeitos visuais. A comunidade aprovou os protótipos na festa. Tudo com solução barata! Utilizei muitas estamparias pra dar efeito. É um Carnaval que tem que ser medido a cada momento. Realmente, está sendo um ano que nunca vimos igual.

Por fim, Severo comentou sobre a interdição dos barracões na Cidade do Samba e se mostrou preocupado com o andamento dos trabalhos e a falta de verba.

– A interdição é um grande problema. Acho que tem que ter uma ação conjunta da Liesa para que tudo seja resolvido o mais rápido possível. Cada dia que passa, é um dia a menos de trabalho. Isso consta muito dinheiro lá na frente, principalmente quando a gente não tem, como esse ano. Ainda não tivemos verbas repassadas, nem a prometida pelo Governo Federal.

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