Confiança

Confiança. Foto: Ilustração/Reprodução de Internet

Confiança. Foto: Ilustração/Reprodução de Internet

O momento é favorável e mais dados foram apresentados na última semana para comprovarem a inversão do processo de desaceleração dos últimos dois anos. A melhora do ambiente provocada pela desaceleração da inflação e a consequente perspectiva de mais quedas dos juros ampliou o horizonte do empresário cujo otimismo refletiu em alguns números apresentados ao mercado.

Um deles, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou um avanço de mais de 3 pontos neste mês na comparação com janeiro, passando para 53,1 pontos e consolidando o patamar acima de 50 pontos que, segundo a metodologia da entidade, representa confiança do empresário.

Vale destacar que este resultado foi o segundo maior desde janeiro de 2014 perdendo apenas para o mês de setembro de 2016 quando a esperança do empresário foi alavancada pela mudança de governo que naquele momento acenava com novos ares para o futuro econômico do país.

Após esta janela de oportunidade, porém, o que parecia certo e rápido esbarrou em alguns entraves políticos que fez com que novamente a confiança empresarial perdesse força. Felizmente, um grande fomentador das expectativas positivas apresentou-se de forma bastante favorável e surpreendente no último trimestre do ano passado e consolidou sua trajetória positiva no início de 2017. O IPCA, índice de inflação que é o principal guia para o Banco Central em suas decisões sobre os juros básicos da economia está em trajetória de desaceleração sustentada e tudo indica que encerrará este ano abaixo do centro da meta (4,5%). Esta descompressão dos preços vem permitindo uma queda da taxa Selic mais forte do que a esperada fazendo com que o empresário consiga vislumbrar um futuro melhor para economia.

A melhora é clara e está manifestada no sentimento empresarial. Ainda dentro do indicador da CNI, para termos uma ideia de onde estávamos e onde estamos, podemos citar as expectativas especificas para economia brasileira (um dos subíndices que compõem a confiança agregada apresentada acima) que atingiu 53,7 pontos, um patamar 22,2 pontos acima de fevereiro do ano passado. Uma aceleração bastante robusta. Já às perspectivas em relação às empresas, com 59,4 pontos, atingiram o maior patamar desde outubro de 2016.

Em última análise, podemos dizer que apesar de uma cesta não tão grande de dados apresentarem resultados positivos, indicadores que demonstram comportamentos chaves dos agentes econômicos já iniciaram uma tendência de recuperação sustentada. Esta trajetória certamente se refletirá nos números do emprego fazendo com que o processo de recuperação se consolide de vez.

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