Bombeiros preparam festa pelo primeiro ano de Cabral na prisão

Um grupo de bombeiros pretende fazer uma festa no próximo dia 17 de novembro na porta da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde está o ex-governador do Rio, Sergio Cabral, para marcar seu primeiro ano preso.

Intitulado “Aniversário de cadeia do Sergio Cabral”, um evento foi criado no Facebook há um mês para angariar adesões. Até a publicação desta nota, mais de quinhentas pessoas confirmaram virtualmente presença.

A relação entre os bombeiros do Rio e Cabral é tensa desde 2011, quando o então governador reprimiu uma greve da categoria e chamou seus líderes de “um grupo de vândalos irresponsáveis”.

Aos convidados, pede-se levar espumante, taças, refrigerante, salgadinhos, fogos de artifício e também guardanapos para serem colocados na cabeça. A intenção dos manifestantes é fazer piada da chamada “farra do guardanapo”, que reuniu Cabral e apoiadores em Paris em 2009.

Na data do evento dia 17, os bombeiros pretendem chegar a Benfica às 6h30, e só sair à tarde.

“Vamos nos cotizar para comprar um bolo também. Um ano de cadeia é como um ano de um bebê, não dá para deixar passar em branco. Se ele ficar 30 anos preso, farei festa a cada ano, se eu tiver saúde”, disse o subtenente Valdelei Duarte, organizador da comemoração, que usou as redes sociais para justificar a ação.

“Ele foi o verdadeiro responsável por todas as mazelas que o nosso Estado está vivenciando, uma bancarrota sem fim”, completou.

Evento Cabral. Foto: Reprodução de Internet
Evento Cabral. Foto: Reprodução de Internet

Acusado de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa, Cabral foi preso pela Polícia Federal em novembro de 2016, em seu apartamento, na Zona Sul do Rio. Desde então, já foi condenado a mais de 72 anos de prisão, no Rio e em Curitiba. Cabral é réu em mais 13 processos.

De acordo com a Procuradoria da República no Rio, o peemedebista montou um grande esquema de corrupção já a partir do início de seu mandato, em 2007, que vigorou mesmo após sua saída do governo, em 2014, a favor de seu vice e afilhado político, o atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Há provas de que o esquema movimentou quase R$ 1 bilhão em propina se somados contratos públicos nas áreas de transporte, saúde e obras, entre outras.

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