Dicas chinesas para o vigor dos negócios
Para Jack Ma, fundador do gigante chinês de e-commerce Alibaba, a inteligência é a qualidade mais importante em um potencial funcionário.
Mas, na hora de empreender e tocar um negócio, ela não só não basta quanto não deve ser superestimada.
O empresário e bilionário chinês participou nesta do Fórum Econômico Mundial, em Davos convocado para repassar suas experiências de sucesso para potenciais e investidores atrás de novidades que possam gerar maior sustentabilidade nos negócios.
Ma compartilhou lições de negócios e falou sobre a necessidade de se apoiar o empreendedorismo e mudar a concepção sobre educação para que o mundo continue evoluindo.
Uma de suas máximas é a de que para a economia crescer bem, não devem confiar tanto em si. Devem confiar no mercado e nos empreendedores”, diz Ma. Segundo ele, qualquer país que investir recursos treinando, desenvolvendo, encorajando e criando
políticas amigáveis alcançará esse resultado, um exemplo prático desta teses é a Coreia do Sul.
Questionado sobre as habilidades e experiências que considera importantes, Ma destaca que a capacidade intelectual, por si só, não explica como ele e seu time tornaram a Alibaba uma das empresas mais valiosas do mundo. O grande segredo é estar disposto e focado em aprender.
Acreditamos que, se trabalharmos juntos, chegaremos lá”, diz. Compor a empresa com pessoas que ele considera positivas, persistentes e mais inteligentes que ele próprio também está entre os segredos. “O diploma não é tão importante assim”, completa. A experiência prática e a capacidade multifuncional fazem a diferença nos contextos das contratações.
O bem-estar também aparece entre suas prioridades. Questionado sobre que preocupações o mantinham acordado à noite, ele respondeu de forma simples: nenhuma. “Se eu não dormir bem, o problema ainda continuará lá. Se eu dormir, tenho uma chance maior de enfrentá-lo amanhã.” Embora as dúvidas e preocupações façam parte da vida, ele afirma que dois pontos não devem estar nesse radar. “Se você se preocupa com a pressão e com a competição, não seja um homem de negócios.”
Criando o futuro
Em um mundo em que máquinas adquirem cada vez mais habilidades por meio de inteligência artificial, Ma afirma que a educação é um dos pontos-chave para o futuro, a Coreia do Sul que o diga.
Os países desenvolvidos, diz ele, colocam muitos recursos no ensino superior e se preocupam menos do que deveriam com a educação primária. Em sua visão, tanto governos quanto iniciativas privadas também têm responsabilidade sobre isso.
“Na China, ensinamos as crianças a serem learning machines: lembram de tudo e fazem cálculos de forma rapidamente. Mas o computador já faz isso. E nunca para de trabalhar”, diz Ma. A solução estaria, cada vez mais, em estimular qualidades essencialmente humanas. “As crianças tem que ser mais criativas e inovadoras e precisam fazer coisas que máquinas não podem.”
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