“Se me chamaram…ô, sorte!” – alguém ouve o poeta dizer. Põe o chapéu, pega o terno alinhado, uma peça de instrumento de percussão, um pedaço de papel com uma inédita canção.
Sai. Bate a porta. Não volta mais.
Poetas são homens de chegadas e de partidas. De sacadas e partituras, também. Eles chegam em compasso musical: instalam-se em nossas vidas com um som quente qual sol poente. De sua poesia, despedem-se, um dia, com som sagrado que vira saudade.
Assim perdemos, neste triste sábado frio, o poeta Wilson das Neves, baluarte do glorioso Império Serrano.
Singelo. Distinto. Elegante. Um desses cuja grandeza não aflige só uma escola: é uma perda que retira, de nós, essência, elegância, pureza, verdade e raiz. Tudo isso que já tem sido tão negligenciado nas novas gerações e desprezado, na prática, até por quem ostenta na teoria.
Um homem de batuque, de sonoridade, de batucada. Um homem de sim. O som sagrado de Wilson das Neves.
Um homem de jeito manso e amigo, caminhar lento e oportuno dos velhos malandros históricos que compõem a Velha Guarda do samba. Uma dessas vidas que o tempo constituiu em vento: vento a direcionar veleiros, vento a inspirar destinos, vento a oxigenar juventudes, vento verde e branco a soprar numa nação!
Quando um poeta de escola de samba se cala, a voz do povo também silencia. E toda a Serrinha chora um pranto silencioso, com aura de encanto e tristeza, orgulho e saudade, dignidade e dor.
Sai. Bate a porta. Não volta mais.
Esses homens estranhos, de poder desconhecido. Que partem, mas deixam, como rastro, um legado eternamente presente. Os bardos são imortais!
Que Deus conforte os familiares e conduza ao descanso esse mestre do samba, da Serrinha, do Império Serrano, da MPB…e de todos aqueles que, um dia, acreditaram no samba como um dom!
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