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Sexta-feira 13; dia de sorte ou azar?

Por qual motivo a sexta-feira 13 é para muitos uma data temida? Será um dia de azar… ou de sorte?

A superstição ligada às sextas-feiras 13 já é muito antiga, e acredita-se que está ligada a duas histórias, segundo a terapeuta holística, consultora esotérica e universalista Criara Luz.

Para os místicos, o número 12 sempre foi considerado um número “bom” e completo, pois representa os 12 meses do ano, os 12 signos do zodíaco, as 12 horas do relógio, as 12 tribos de Israel, os 12 apóstolos de Jesus Cristo e os 12 Deuses Gregos.

Já o número 13, que lhe sucede, está associado a uma carga negativa. No Catolicismo, está ligado à morte de Jesus pois estavam 13 pessoas sentadas à mesa na última Ceia. Cristo foi morto numa sexta-feira e eram 13 os elementos à mesa na última ceia. Jesus terá sido traído pelo 13º elemento, Judas, que o denunciou.

Última ceia. Foto: Reprodução

Desde o século XIV, a sexta-feira é considerada o dia da semana que traz mais azar. Talvez por ser o final da semana, não se recomenda iniciar novos trabalhos, nem projetos, nem fazer viagens à sexta-feira. Neste dia eram realizavam os enforcamentos na Grã-bretanha e sempre foi considerado, para os Romanos, o dia de crucificações. Também há relatos de que Adão e Eva foram expulsos dos Jardins de Éden em uma sexta-feira.

Há quem diga que o medo da sexta-feira 13 vem da mitologia Nórdica. Em inglês, o nome “Friday” (sexta-feira) vem de Frigga, que era a Deusa do amor e fertilidade. Quando as tribos Nórdicas e Germânicas se converteram ao Cristianismo, Frigga foi banida para as montanhas e passou a ser considerada uma bruxa. Espalhou-se então a crença popular que todas as sextas-feiras a Deusa, despeitada, reunia-se com 11 bruxas e com o diabo (ao todo, 13) para combinarem os azares que iam lançar sobre as pessoas na semana que se seguia.

Bruxa. Foto: Reprodução

Durante muito séculos na Escandinávia a sexta-feira era conhecida como “Sabbat das bruxas”. Na Mitologia Nórdica, num grande banquete, Odin, Deus da Sabedoria, da Guerra e da Morte, teria reunido mais 11 importantes divindades.

Sentindo-se ofendido por não ter sido convidado, Loki, Deus do Fogo e da Discórdia, foi ao encontro e provocou uma enorme confusão que resultou na morte de Balder, filho cego de Odin. Este é um dos mitos que defende a ideia de que um encontro de 13 pessoas numa mesa termina sempre mal. O “13” também é o número de bruxas reunidas em um clã.

Outra teoria sobre a sexta-feira 13 tem origem na ordem do Rei Filipe de França de mandar prender os Templários no dia 13 de outubro de 1307, uma sexta.Sentindo-se ameaçado pelo poder da Igreja no seu país, e depois de ver negado o pedido para entrar na ordem religiosa dos Cavaleiros Templários, ordenou que os templários fossem perseguidos.

Os que foram capturados, foram presos, excomungados e no dia 13 de outubro (sexta-feira) foram queimados na fogueira.

Mas sexta-feira e o número 13 já eram associados ao azar por si só, segundo Steve Roud, autor do guia da editora Penguin Superstições da Grã-Bretanha e Irlanda.

“Porque sexta-feira foi o dia da crucificação (de Jesus Cristo), as sextas-feiras sempre foram vistas como um dia de penitência e abstinência”, diz ele.

Crucificação. Foto: Reprodução

“A crença religiosa virou uma aversão generalizada por começar algo ou fazer qualquer coisa importante em uma sexta-feira”, completou.

Por volta de 1690, começou a circular uma lenda urbana dizendo que ter 13 pessoas em um grupo ou em torno de uma mesa dava azar, explica Roud.

Até que esses dois elementos – a sexta-feira e o número 13 – que já causavam receio isoladamente acabaram se unindo em um momento da história. Por ironia do destino, um grupo de homens que surgiu para ridicularizar superstições acabou consagrando a data.

Em 1907, um livro chamado “Sexta-feira 13” foi publicado pelo corretor de ações Thomas Lawson – essa foi a inspiração para a mitologia em torno da data, culminando na franquia de filmes homônima nos anos 1980.

O livro conta a história sombria de um corretor de Wall Street que manipula o valor de ações para se vingar de seus inimigos, deixando-os na miséria. Para isso, ele tira proveito da tensão natural causada pela data no mercado financeiro. “Cada homem na bolsa de valores está de olho nessa data. Sexta-feira, 13, quebraria o melhor pregão em andamento”, diz um dos personagens.

Como se vê, em 1907, a sexta-feira 13 já era uma superstição socialmente estabelecida. Mas não era assim 25 anos antes.

Número 13. Foto: Reprodução

O Clube dos Treze, um grupo de homens determinados a desafiar superstições, se reuniu pela primeira vez em 13 de setembro de 1881 (uma quarta-feira) – mas só seria fundado oficialmente em 13 de janeiro de 1882- sete meses depois. Eles se encontravam sempre no dia 13 de cada mês, sentavam – os 13 – à mesa, quebravam espelhos, derrubavam saleiros extravagantemente e entravam no salão de jantar passando debaixo de uma escada (tudo para “quebrar” as superstições do dia 13)

Os relatórios anuais do clube mostravam meticulosamente quantos de seus membros tinham morrido, e quantas destas mortes haviam ocorrido dentro do prazo de um ano após um membro comparecer a um de seus jantares!

O grupo foi fundado pelo capitão William Fowler em seu restaurante, o Knickerbocker Cottage, na Sexta Avenida de Manhattan, em Nova York. Ele era considerado um “bom companheiro de grande coração, simples e caridoso”.

Como mestre de cerimônias, ele “sempre entrava no salão de banquetes à frente do grupo, vistoso e sem medo”, segundo Daniel Wolff, “chefe de regras” do clube.

O jornal The New York Times informou na época que, na primeira reunião, o 13º convidado estava atrasado, e Fowler ordenou que um dos garçons assumisse seu lugar: “O garçom estava sendo empurrado escada acima quando o convidado que faltava chegou”.

Lenda da mitologia nórdica. Foto: Reprodução

O primeiro alvo do grupo foi a superstição de que, se 13 pessoas jantassem juntas, uma delas morreria em breve. Mas uma segunda superstição veio logo a seguir.

Em abril de 1882, o clube adotou uma resolução lastimando o fato de que a sexta-feira era “há muitos séculos considerado um dia de azar… sem motivos razoáveis” e enviaram apelos ao presidente americano, a governadores e a juízes pedindo que estes últimos parassem de marcar enforcamentos para sextas-feiras e levassem a cabo execuções em outros dias da semana.

Mas não há qualquer sinal da superstição da sexta-feira 13 nas atividades do clube. Ela surgiu em algum momento entre a fundação do clube, em 1882, e a publicação do livro de Lawson de 1907.

O grupo aproveitava todas as oportunidades que apareciam para juntar as duas superstições e ridicularizá-las, segundo reportagem do jornal Los Angeles Herald de 1895: “Nos últimos 13 anos, quando a sexta-feira caiu no dia 13, esta peculiar organização fez reuniões especiais para se deleitar”.

O clube se orgulhava de ter colocado a superstição no foco das atenções. Sua fama cresceu: o grupo original de 13 membros passou a contar com centenas de pessoas na virada do século, e clubes parecidos foram fundados em outras cidades em todo o país.

Gato preto. Foto: Reprodução

Em 1894, foi criado o Clube dos Treze de Londres. Em uma carta de 1883 aos membros nova-iorquinos, o escriba do clube londrino, Charles Sotheran, elogia a determinação com que eles combateram “duas dessas superstições vulgares, a crença de que o número 13 traria azar e que a sexta-feira seria um dia azarado“. “Vocês criaram um sentimento popular a favor dos dois”.

A frase é ambígua, mas ela pode ser interpretada como um sinal de que as duas superstições, juntas, caíram nas graças do povo. A doutrina do Clube dos Treze era de que “superstições deveriam ser combatidas e eliminadas”. Mas tudo indica que, em vez disso, eles tiveram o grande azar ( ou sorte?) de acabar lançando uma das superstições mais conhecidas e persistentes do mundo ocidental.

Outros fatos de Falta de sorte (ou azar) ocorridos numa sexta-feira 13

– Na Roma antiga, o número 13 também era entendido como mau agouro. Ele estava ligado à morte, destruição e ao azar.

– Foi no dia 13 de abril que aconteceu o acidente da nave Apollo 13. Curiosamente, ele foi lançado ao espaço às 13h13, no dia 11 de março de 1970, cuja soma das datas resulta no número 13. Coincidência ou não, o importante é que a tripulação teve a sorte de voltar com vida à Terra.

Botões em elevador. Foto: Reprodução de Internet

– Nos Estados Unidos, a maioria dos hospitais, hotéis e até mesmo alguns prédios residenciais não contam com o 13º andar. As companhias aéreas não têm a 13ª fileira. Do 12, eles pulam direto para o 14.

– Mito ou não, a ideia do azar numa sexta-feira, 13 já é considerada uma fobia a que se chama de Triscaidecafobia (medo irracional de falar ou mesmo escrever o 13)

– Em alguns países da Ásia, não existem habitações com o número 13, e os elevadores dos prédios mais altos, passam do número 12 para o número 14.

– O fato é que todos os meses começados num domingo terão obrigatoriamente uma “Sexta-Feira 13”.

E para nós esotéricos?

Enquanto uns desejam “pular” esse dia do calendário, por considerá-lo um dia “daqueles”, existe uma corrente mística que aguarda ansiosa por esse dia!

Exemplificando , o 13 é formado pelos números 1 e 3.

De acordo com a numerologia, ciência que estuda os números e suas influência sobre a vida das pessoas, o número 1 simboliza independência, coragem, originalidade, força, ambição, liderança, criatividade, ousadia, iniciativa, persistência, positividade, enquanto o número 3 simboliza autoconfiança, otimismo, comunicação, entusiasmo, sociabilidade, sentimento de leveza perante os desafios da vida.

Portanto, os números 1 e 3 gostam de viver livremente, independentes, autoconfiantes, não apreciam seguir regras, não gostam de ser mandados.

Número 13. Foto: Reprodução

Ao somarmos o 13, 1 mais 3 totaliza-se o número 4, formando assim ideias opostas, pois o 4 na Numerologia simboliza estabilidade por meio de regras, planejamento, disciplina, organização, trabalho. É considerado um número tranquilo, calmo e com planejamento e praticidade, tudo se alcança.

Logo, há um conflito próprio entre os números. Enquanto que o 1 e 3 gostam de se arriscar perante os desafios da vida, preferindo o novo, o número 4, prefere a estabilidade, segurança.

Possivelmente, essas divergências sejam os motivos de tantos “maus agouros” que algumas pessoas acreditam na energia negativa que o número 13 expressa, enquanto outras, acreditam na boa vibração da soma resultando 4, símbolo da força, prosperidade.Tudo é uma questão de Ponto de Vista.

Acredito que o insight seja unir as duas coisas: a coragem, ousadia, criatividade, ambição positiva, independência com planejamento, segurança, estabilidade, organização, trabalho resultando assim, um final da história com sucesso e prosperidade, já que o 13 na Cabala é o número da Mudança,.da Transformação necessária.

Carta de Tarot. Foto: Reprodução

No tarot, a carta número 13 representa a Morte, que significa uma renovação,a morte aqui significa o encerramento de um ciclo,como o fim de um emprego, namoro, por exemplo, ou ainda transformações internas e externas, que a pessoa está vivenciando.

Já a temida sexta-feira 13, para a numerologia, nada há nada de negativo. Inclusive outras teorias e culturas classificam a positividade do número 13.

Na Índia, por exemplo, este número simboliza a prosperidade. Para os indianos, o número é visto como sagrado, amuleto da sorte. No Norte da Índia, o número 13 é falado como “tera”, palavra que se refere ao Ser Divino, Deus.

Certamente, o número 13 envolve muitas superstições, crendices, culturas em diferentes partes do mundo. O importante é nós avaliarmos com bom senso e sabedoria as varias informações que recebemos sobre a data e tirar o melhor proveito dela.

Sexta-feira, 13 de abril de 2018

Especialmente esta sexta -feira, 13 de abril de 2018, se somarmos e reduzirmos a data à um digito só encontraremos o número 19, que é a Carta do Sol no tarot (que traz crescimento, expansão, oportunidades, boas novas) e se for reduzido, temos a carta do Mago, que indica início de ciclos, oportunidades e novidades, ou seja, é duplamente e altamente positivo os aspectos desse dia!

Então fica a pergunta: no que você quer acreditar?

Trevo de quatro folhar. Foto: Reprodução

Para finalizar, Criara Luz deixa uma mensagem para os leitores do SRzd:

“Somos o que pensamos. Tudo é uma questão de sintonia e afinidades energéticas. Nós transformamos o que pensamos em realidade, portanto, vivemos e somos criadores da nossa realidade. Que tenhamos uma mente aberta para atrair boas energias para nossa vida, boas vibrações. Não haverá nenhuma data que nos tire do nosso foco: sermos felizes, todos os dias!”

Redação SRzd

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