Seis orientações para fugir dos golpes dos boletos falsos

Boleto Bancário. Foto: Reprodução de Internet

Boleto Bancário. Foto: Reprodução de Internet

Por mais que a tecnologia já tome conta de nossas vidas e muitas das transações sejam eletrônicas, uma das formas de pagamento mais utilizada pelas pessoas ainda é o boleto bancário. Por ser prático e de fácil acesso, muitos optam por pagar contas dessa maneira, principalmente as pessoas com maior idade.

Mas, o que parece ser simples e seguro, pode tornar-se um problema, principalmente em meio à uma pandemia que deixam as pessoas no limite, fazendo com que muitas vezes tomem decisões erradas.

O golpe da cobrança com boleto falso, que é muito comum na internet, agora ficou mais sofisticado e perigoso. Os bandidos estão montado call centers e conseguindo informações de contratos de bancos, financeiras, lojas, escolas, operadoras de telefonia e TV a cabo, e agindo como verdadeiras empresas de cobrança, ligando ou enviando mensagens via WhatsApp para os devedores, propondo acordos com um valor muito a abaixo do débito, que claro, os devedores sempre aceitam.

Após a negociação fechada, essas empresas falsas de cobranças, montam um boleto adulterado (boleto falso), igual ao original, com todos os de dados bancários ou código de barras do banco dos credores, mais o valor pago não é direcionado para o credor, mas sim para um destinatário desconhecido. Esse tipo de fraude acontece principalmente por meio de emissão boletos que são enviados por sites, e-mail e WhatsApp.

Após realizar o pagamento do boleto falso, o consumidor devedor acabará descobrindo que foi enganado, porque após algum tempo uma empresa de cobranças autorizada cobrará referente ao boleto que já teria sido pago, e então o consumidor devedor perceberá que foi vítima do golpe do boleto falso.

Não é incomum encontrar alguém que já tenha passado por isso ou que quase caiu na armadilha. Segundo o Reclame Aqui, o número de queixas desse tipo vem aumentando muito.

Saiba como se proteger na hora de pagar suas contas em débito

Afonso Morais, sócio da Morais Advogados Associados, orienta que quem sofreu o golpe do pagamento de dívidas com um boleto falso, deve sempre procurar fazer um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima, juntando todos os documentos que possui, como textos impressos das conservas que manteve via WhatsApp, o boleto fraudado, os outros contatos realizados.

Como isso as autoridades competentes tomam providências de prender os estelionatários ou pelo menos coibir novas fraudes contra outros consumidores. Após a elaboração do boletim de ocorrência, é preciso procurar os credores, contudo, dependendo do tipo de fraude, as empresas não terão responsabilidade de reembolsar o consumidor.

O que fazer se cair no golpe? Saiba como se proteger na hora de pagar suas contas com seis dicas:

1 – Confira a empresa cobradora

Quando for cobrado por um escritório jurídico ou uma empresa de cobranças, certifique-se que estes cobradores estão autorizados a negociar o seu débito, com o credor ou peça algum documento que autorize a empresa a cobrar o débito, porque é na cobrança que começa a fraude do boleto falso.

Nenhum credor, seja banco, financeira, loja, ou outro concede redução do débito de uma dívida em 80%, e é esta estratégia que usam os estelionatários para convencer os consumidores a pagarem boletos falso sem o devido contato.

2- Cheque os dados do boleto

Boleto falso traz algumas características que podem ser facilmente checadas pelo usuário. Veja se os dígitos finais representam o valor do boleto: se são diferentes, é possível que seja golpe. Caso seja uma cobrança recorrente, como boleto de financiamento de veículo (onde ocorre o maior número de fraudes), fatura da TV a cabo, boleto da escola dos filhos que costume vir com valor fixo, suspeite se houver alguma variação inesperada. Confirme também seus dados pessoais, como CPF e busque por erros de português e de formatação.

Verifique ainda se os primeiros dígitos do código de pagamento coincidem com o código do banco que aparece como sendo o emissor do boleto. Também antes de efetivar o pagamento, verifique se o cedente do boleto é a instituição que realmente você está devendo, se for diferente não efetive o pagamento. Os números bancários podem ser checados no site da Febraban (febraban.org.br/associados/utilitarios/bancos.asp).

3. Verifique a origem com o banco e financeira

Se o boleto é emitido por uma financeira, banco ou loja, pesquise a reputação da empresa no Reclame Aqui para se certificar de que ela de fato existe. Se for cobrado por uma empresa de cobranças, verifique junto ao credor se ela está autorizada a negociar o seu débito e emitir boletos.

Em caso de compras online, opte sempre que possível por outros meios de pagamentos que não envolvam boleto. Plataformas como Mercado Pago, PagSeguro e demais meios digitais oferecem mais segurança quando atuam como intermediárias e podem ser acionadas se algo der errado na transação.

4. Prefira a leitura automática do código de barras

Em qualquer boleto, prefira sempre ler o código de barras pela câmera do celular ou no caixa eletrônico. Em geral, boletos com linha digitável adulterada não trazem código de barras compatível e precisam forçar a vítima a digitar a sequência manualmente para completar o golpe. Um documento com barras ilegíveis, portanto, tem maiores chances de ser fraudulento.

5. Baixe o boleto no site do credor

Sempre que possível, é importante baixar boletos diretamente no site do banco ou da empresa que está fazendo a cobrança. Duvide sempre de boletos que chegam por e-mail, especialmente quando a mensagem traz um assunto como “Urgente” ou “Seu nome está no Serasa”. Uma boa maneira de driblar esse tipo de problema é usando um serviço de e-mail com bom sistema de anti spam, como o Gmail. O mesmo vale para faturas que chegam via WhatsApp.

Em golpes mais sofisticados, um boleto falso pode até mesmos ser enviado para a casa da vítima. Nessa modalidade, o documento pode vir com visual idêntico ao original, incluindo envelope com carimbo e remetente real.

6. Certifique-se de que o site é seguro e evite Wi-Fi público

Ao fazer download do boleto no site do credor, certifique-se de que está acessando a página verdadeira e de que o endereço começa por HTTPS. Páginas seguras trazem o selo do certificado SSL que assegura contra invasões e garante maior confiabilidade para o documento que está sendo baixado.

Evite também se conectar em redes públicas, que são mais suscetíveis a ataques no roteador capazes de falsificar páginas visitadas. Em golpes mais avançados, o criminoso pode interceptar o acesso e alterar um boleto aparentemente baixado do site oficial do banco. Por isso, opte sempre por fazer o download em uma rede segura e com senha, ou pela Internet móvel do celular.

Na hora de pagar uma conta é importante certificar-se da procedência do site, origem do e-mail e dados do código de barra. Empresas só enviam a segunda via quando o documento é solicitado pelo cliente, caso contrário, desconfie.










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