Feitos nobres devem ser exaltados. O jovem talento do samba e da Portela, Jorge do Batuke, merece o carinho, respeito e – sem favor algum – o reconhecimento dos portelenses. No que deveria ser tão somente uma participação para uma disputa de samba de quadra, sua passagem pelas eliminatórias do concurso da Portela teve um marco digno de registro.
Jorge do Batuke encabeçou e veio defendendo aguerrida e corajosamente seu samba em um nível elevadíssimo de disputa. Mais do que isso, num tempo de tantas vaidades e dissensões nas disputas de samba das quadras, Jorginho deu um exemplo incrível de contribuição para a escola: o “grupo dos crias” – uma tocante sensibilização dos jovens talentos da Portela, a rapaziada que samba, toca, dança e sustentará o futuro da Majestade – virou um movimento gerado dentro da torcida de seu samba.
O grupo abraçou a parceria de Jorge do Batuke, Gaucho, Pirique, Rogério Lobo, Claudinho Oliveira, Zequinha Costa, Marcelo Queiroz e Madalena Araguaci, Camarão Neto, Muguinho e Thiago Maciel e deixou esse legado do “samba dos crias” como um importante movimento de unidade pela Portela, que está acima de tudo e de todos.
A diretoria, os segmentos, a comunidade e os sambistas de outras composições entenderam e também repeitaram esse movimento, num afago a essa garotada que está empenhada em construir um futuro para a escola.
Ok, Jorginho e companhia! Tá aqui o registro dessa verdade do que vocês plantaram no Ninho da Águia! “Bravo, bravíssimo”!
Precisamos de mais exemplos com essa grandeza.
Jorge do Batuke sempre foi gentil e elegante no trato. Já subiu ao palco para festejar vitória de adversário cantando junto, nunca virou a cara pra quem venceu, e é bicampeão de concurso de samba de quadra da própria Portela. Está lançando CD e tem luz própria.
O “samba dos crias” foi cortado na noite de ontem. Mas eu maior mérito não estava exatamente em ser um samba-enredo para representar a escola. Seu mérito, a nosso ver, transcendeu a disputa.
De Jorginho e dessa parceria, não se poderá dizer que “não ganhou”: a vitória simbólica de sua mobilização com “os crias” pode ter valido, para a história da escola, um momento muito mais sublime do que esses que a indústria cultural do samba mobiliza para ter uma música escolhida numa final.
Parabéns, Jorge e parceria!
Tenham a certeza de que todo esse “batuke” não foi e não será em vão!
Facebook Hélio Ricardo Rainho
Twitter/Instagram @hrainho
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