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Saiba como participar do concurso de samba-enredo da Rosa Negra

REGRAS DAS ELIMINATÉRIAS DA ROSA NEGRA

Os compositores terão até 23:59 de 11/01/2012 para enviar seu samba.

Não há número de sambas por compositor e nem limites de compositores por parceria.

Necessário entrega da letra do samba com o nome dos autores junto com o áudio, que pode ser em MP3 ou WMA.

Os sambas concorrentes devem ser enviados para o e-mail: g2_piranhudo@hotmail.com

Os compositores receberão um e-mail confirmando o recebimento

Para esclarecer dúvidas, adicione um dos e-mails: matheustrincaferro@hotmail.com ou g2_piranhudo@hotmail.com

 

SINOPSE – “VENHO DE LÁ PRA CÁ, VOU DE CÁ PRA LÁ ! PETROLINA – JUAZEIRO, O FUTURO É HOJE” – ROSA NEGRA 2012

Petrolina, Juazeiro, Juazeiro, Petrolina

Todas duas eu acho uma coisa linda

Eu gosto de Juazeiro e adoro Petrolina…

 

Jorge de Altinho

 

Introdução

Quando a ponte descer, o progresso vai passar.

É assim que se resume a saga Petrolina-Juazeiro, ou Juazeiro-Petrolina. Não importa. Independente de que região você venha e pra qual região você vá, saiba que estará banhado pelas margens do Rio São Francisco, rodeados de carrancas e serpentes do mar espantando o mal e o sabor das frutas e aromas da região para adocicar essa história.

Uma história de lutas, encontros e desencontros. Acasos que cantam e contam a saga nordestina em busca do futuro, mas sempre relembrando o passado durante sua viagem.

Saiba que, independente do rumo que sua história tomar, estará presenciando o amanhã, passando por esta região.

 

Adeus Mainha, um dia eu volto a cruzar esta ponte….

E um dia, o menino saiu. Fez suas malas, disse adeus a caatinga e ao sertão semi-árido que matava de sede o pobre gado, com a fé na bagagem de um dia tudo melhorar.

Sabia que, mesmo margeado pelo Rio São Francisco e amparado pelo mesmo Santo, a viagem não seria fácil.

Tudo era saudade naquela região, que fora catequizada séculos atrás por Bandeirantes e por missões franciscanas, que constantemente erguiam conventos, capelas, bandeiras e monumentos em devoção a Virgem. A fé, corriqueira em cidades nordestinas, era freqüente naquela cidadezinha, que, também passava de vila a comarca, até virar Juazeiro.

O sol não dava trégua. Dava o tom sépia e seco do lugar. Que, apesar de triste, jamais perdia a sua fé em dias melhores. Para aliviar o clima que rachava a alma, algumas ilhas, cachoeiras e hidrovias, que existiam por lá.

E, passo a passo, tempo a tempo, o tal menino clamava ao Senhor do Bonfim, que um dia encontrasse a riqueza naquele lugar.

E não é que o menino, então encontrou ? Juazeiro era sim,  um berço riquíssimo de minerais. Entre eles, amianto, cobre, mármore, calcário, jaspe, salitre, calcita e manganês. Além de grandes cenários naturais, frutas, sabores, aromas e histórias.

Ao abrir um sorriso ao encontrar belas paisagens, o menino liga seu radinho, quase amassado pela bagagem, e ouve a voz suave de um certo João, que parecia premonição daquilo tudo que estava acontecendo no lugar:

“Coisa mais bonita é você…..assim….justinho você….”

E o menino olhava pro horizonte, com sede de novidades. Cortando a mata fechada e a estrada que trazia a tecnologia ao lugar, ele via uma ponte. Que abria. E que fechava. E que abria novamente. E que fechava. Era o laço com o outro lado da história, que vamos contar agora.

O forte apito do navio nos faz levar de volta ao passado, para mostrar que toda história tem dois lados que precisam ser contados.

 

A Garota Com Olhos de Uva

Petrolina, Pernambuco.

Nada, nem ninguém podia ser tão formosa e caprichada quanto aquela garota com olhos de uva. Povoada por capuchinhos italianos e nordestinos castiços, Petrolina já nascia formosa, educada e bela. Diferente daquele arigó passa-fome do outro lado da ponte, a garota também seguia seu destino.

A garota queria conhecer o novo. Mostrar como era bela, atraente e futurista.

Carregando numa cesta, uma variedade multicor de vinhos, frutas e flores, e, é claro, com a imagem de São Francisco no bolso do vestido.

Este, que por sua vez, também banhava Petrolina e era a margem para o futuro desembocar.

Nas placas pelo caminho sempre mostravam: Lagoa Grande. Santa Maria da Boa Vista. Orocó. Cabrobó. Muitos, muitos destinos que podiam mudar o curso da história.

Enquanto a garota caminhava, a cidade crescia. Se desenvolvia. Ganhava sua Catedral e valorizava seu marco zero, onde a segunda parte da história tinha seu início.

E a garota segua seu caminho pela chamada “Califórnia Sertaneja”, porém morrendo de medo da cultura do local. Nego d’água, Vapor Fantasma e a Nossa Senhora da Rapadura eram apenas algumas das lendas que assombravam as crianças.

A chuva, constante no clima da região, molhava os cabelos da assustada porém incansável garota.

Certa vez, a garota, cansada de procurar pelo tal progresso, resolveu se sentar.

E, ao se sentar, teve um recado de São Francisco. Uma espécie de visão.

“Vai, menina! Siga aquela ponte, de mil dentes e que parece o vulto do Vapor Fantasma. Vai que eu sigo com você”

Destemida e encorajada pelo Santo que dava nome ao Rio que assistia toda a história, a menina com olhos de uva, foi adiante e, assim como o sertanista de Juazeiro, atravessou a ponte.

E ali, encontrara aquele arigó cabeça chata, que não era tão belo quanto a menina, mas valente e devoto de São Francisco como a mesma.

 

Epílogo Nordestino

E assim, como num conto poético, Petrolina conhecia Juazeiro, e Juazeiro conhecia Petrolina. E os dois, juntos, conheciam, não apenas a paixão um pelo outro, mas também o cobiçado progresso na região.

As cidades ganham estrutura, a indústria, a exportação, a agricultura e o lazer prosperam, e filhos ilustres de cada chão são presentes para o mundo.

O resto é história que fica. Com sua saga contada em xaxado, forró, literatura e ambientada em grandes navios cargueiros que apitam e dizem adeus a cada abertura da Ponte, a nossa história encontra seu Final.

Lotados de carrancas, padres e sertanistas, Juazeiro se casa com Petrolina, e encontra o tão cobiçado progresso, num oportuno romance candango ambientado no coração do Brasil.

E, seja com a ponte aberta ou fechada, com o futuro a seus pés feito o carinho de um pelo outro, Petrolina e Juazeiro foram, feito literatura de cordel, felizes para sempre.

Redação SRzd

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