Rússia anuncia cessar-fogo parcial para retirada de civis da Ucrânia

Ucrânia e Rússia concordam em criar corredores humanitários. Foto: Reprodução/Youtube/RecordNews

Ucrânia e Rússia concordam em criar corredores humanitários. Foto: Reprodução/Youtube/RecordNews

A Rússia anunciou, neste sábado (5), um cessar-fogo temporário nas cidades ucranianas de Mariupol e Volnovakha, a partir das 10h, horário de Moscou, para que seja formado o chamado “corredor humanitário”, no qual civis podem deixar áreas de conflito, sem o risco de serem atacados por tropas hostis. A informação foi divulgada pelo Ministério da Defesa da Rússia, em comunicado enviado às agências de notícias russas, TASS e RIA Novosti.

“Hoje, em 5 de março, um cessar-fogo é anunciado, a partir das 10h, horário de Moscou, e os corredores humanitários são abertos para a saída de civis de Mariupol e Volnovakha”, declarou Kremlin, em nota oficial, especificando que pausa parcial nos ataques, que irá durar cerca de 5 horas, foi previamente acordada com o governo ucraniano. O Ministério da Defesa russo também ressaltou que, nas demais áreas da Ucrânia, a execução da “operação militar especial” será mantida.

Ao jornal “The New York Times”, o prefeito de Mariupol, Vadim Boitchenko, disse ter sido informado sobre o cessar-fogo, e que o corredor humanitário também será usado para que autoridades entrem no território ucraniano, trazendo medicamentos e suprimentos essenciais. Voluntários da Cruz Vermelha também devem ir à região para auxiliar nos cuidados à população.

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Medida negociada na ONU

A medida foi negociada entre os dois países nas últimas reuniões de mediação do conflito, no Conselho de Segurança da ONU. Os moradores terão cinco horas para deixarem as cidades, segundo a RIA, agência russa de notícias.

Nesta sexta-feira (4), o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que na maior parte do território da Ucrânia está se desenvolvendo uma situação humanitária desastrosa com tendências para agravamento. A situação mais complicada ocorre nas cidades de Kiev, Kharkov, Sumy, Chernigov e Mariupol.

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De acordo com Mikhail Podolyak, do gabinete do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, cerca de 20 mil civis têm a intenção de deixar a cidade de Volnovakha. Já em Mariupol o número chega a 200 mil pessoas.

Mais de 1,2 milhão de ucranianos abandonaram o país desde o início dos bombardeios, em 24 de fevereiro. A maior parte se abriga na Polônia, que já recebeu mais de 650 mil refugiados, de acordo com a Agência da ONU para Refugiados (Acnur).

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