Richarlyson abre o jogo, fala da suposta homossexualidade e dos cinco anos no Morumbi

Esta sexta-feira foi muito marcante para o volante Richarlyson. Próximo de realizar sua última partida pelo São Paulo, o atleta deve se mudar para o futebol carioca e se emocionou ao relembrar sua trajetória no Morumbi, onde está desde 2005. Durante a entrevista, seus companheiros Jorge Wagner, Lucas, Bruno Uvini, Lucas Gaúcho, Cleber Santana, Zé Vitor e Carleto entraram na sala de imprensa, abraçaram o jogador e cantaram “Amizade”, do Fundo de Quintal.

“É um momento muito especial para mim, por tudo que a gente passou dentro desse clube, por toda a história. Mas futebol é assim, é dinâmico, apaixonante, e nem sempre a gente consegue agradar a todos. Fico feliz de ter agradado à maioria. Fico feliz de estar dando uma entrevista vitoriosa, falar de cinco anos e meio de muitas vitórias, conquista coletivas e individuais, convocação para a Seleção Brasileira, amigos que fiz. Esse choro é por causa disso. É gratificante saber que, além de coisas profissionais, fiz amigos que eu vou guardar para o resto da vida”, disse, muito emocionado.

Apesar de preferir falar apenas sobre sua trajetória como jogador de futebol, o atleta não fugiu às perguntas sobre sua vida pessoal, inclusive sobre a questão da homossexualidade.

“Mesmo se eu fosse homossexual, isso não interferiria em campo. É tão banal para mim falar de coisas fúteis, banais. Fico triste de não ter conquistado 100% dos torcedores do São Paulo, mas feliz de ter conquistado 99%. Nem Jesus agradou a todo mundo. Me desculpa se eu não consegui ser aquilo que eles querem, vou viver a minha vida, não vou mudar. Vou continuar sendo esse Richarlyson que meus companheiros amam, adoram”, afirmou.