Pandemia: carro parado dá prejuízo; veja dicas para preservá-los

Serviços da Stock Auto-Service. Foto: Duda Bairros/Divulgação

Com a pandemia da Covid-19, o home office, o desemprego e o valor alto do combustível, muita gente está deixando o carro estacionado na garagem. O problema é que, quando os engenheiros projetam os automóveis, tudo é calculado para sua função básica: a locomoção por longas distâncias. Nenhum veículo ou componente é idealizado para ficar parado. Então, na situação atual, o que aparentemente sugere economia de recursos, pode acabar dando errado. Até parado, um carro precisa de manutenção.

Para falar do assunto, entrevistamos Fabio Aires, especialista em manutenção automotiva que está à frente da Stock Auto-Service

“Basicamente, se o veículo ficar parado por um mês ou mais, é preciso atenção para não ter prejuízos. Antigamente esse prazo era incomum, mas com a pandemia muita gente está incorrendo nesse erro”, avisa.

Confira as dicas:

Fluídos e lubrificantes

“Os veículos parados trazem transtornos às vezes maiores do que com o uso contínuo”, diz Fabio Aires. “Os primeiros sinais começam a aparecer em torno de 30 dias de inutilização. É importante ao menos ligar o veículo e rodar um pouco uma vez por semana”, ensina.

Um dos primeiros cuidados é manter os lubrificantes em níveis adequados, observando os prazos de validade. “Os fluidos de freio, por exemplo, podem sofrer alterações em sua composição com a umidade natural do clima. Já o óleo lubrificante de motor não sofre o mesmo problema, mas, com a falta de uso, pode favorecer o depósito de resíduos dentro do motor. Além de movimentar o carro uma vez por semana, o ideal é substituir esses itens antes do vencimento das datas de validade”, comenta.

Pneus deformados

Até pelo alto custo de reposição, além do aspecto segurança, uma atenção especial deve ser dada aos pneus: “Se você sair com seu carro para aquela voltinha de revitalização, é importante também calibrar os pneus. O risco, aqui, é a perda de pressão e a provável deformação da banda de rodagem. A troca dos pneus, de forma geral, é uma opção salgada. Então não custa dar uma paradinha no posto para calibrar”.

Bateria

Atenção aos sinais. “Mesmo com o carro desligado, a bateria sofre descarga por que há sistemas que exigem um pequeno consumo contínuo. É o caso do alarme e das diversas memórias eletrônicas dos carros mais modernos. O principal sintoma de que a bateria está sendo prejudicada pela inatividade do veículo é quando você tenta dar a partida e há uma demora ou dificuldade maior do que a normal”, ensina Fabio Aires.

“O inverno também aumenta a necessidade de carga na primeira partida de manhã. Se você tiver dificuldade para ligar o carro, o ideal é ir a uma oficina verificar se a situação exige alguma manutenção ou mesmo troca, no caso de vencimento da validade da bateria, que costuma ser de dois anos”.

Combustível vencido

Pouca gente imagina, mas o combustível tem prazo de validade relativamente curto. “A gasolina pode durar até quatro meses, mas é bom não chegar perto disso”, ele indica. “Um problema comum é ter gasolina vencida no reservatório de partida a frio, que pode gerar a formação de resíduo parecido com uma pasta – e isso acaba indo para os dutos e juntas do sistema de alimentação, causando entupimentos e danos. Uma dica é usar gasolina aditivada, que tem validade maior”, diz Fabio Aires.

Medidas adicionais

Se você está certo de que seu veículo ficará parado por mais de um mês, o dirigente da Stock Auto-Service sugere algumas medidas adicionais: “Nesses casos, para quem tem mais intimidade com a manutenção do veículo, uma boa pode ser desligar a bateria, para evitar a descarga. Com o cuidado de o veículo estar estacionado com segurança, também é interessante não acionar o freio de estacionamento para evitar que a pastilha grude no disco ou lona do tambor. Sempre é bom também afastar as palhetas do limpador de para-brisas do vidro, o que evita deformações. E calibrar os pneus com 10 a 15% a mais de pressão do que foi indicado pelo fabricante, de forma a garantir que eles não sejam comprometidos por ficarem longos períodos apoiados no mesmo ponto”.

Viagens

Receita parecida – E quem costuma pegar estrada, a exemplo das férias de meio de ano, como deve se cuidar? “A receita é parecida. Muito importante ao sair para uma viagem é verificar calibragem e integridade dos pneus, qualidade e vencimento de fluidos e lubrificantes, checar o vencimento da bateria – essa pode surpreender de uma hora para a outra”, resume o responsável pela Stock Auto-Service. “Fora isso, também é importante verificar alinhamento e balanceamento dos pneus, funcionamento dos faróis e fazer um check-up simples em oficina credenciada. Isso garante não apenas a segurança de motoristas e passageiros, mas também evita os riscos ocultos e as surpresas que podem estragar um bom passeio”, recomenda Fabio Aires.

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