Em seu projeto 4Mãos, Bia Willcox conversou com a consultora em marketing Manuela Mascarenhas sobre relacionamentos e suas definições.
“Os tags nos relacionamentos”
Bia:
Ando pensando sobre a clareza das coisas e das relações. Olho ao meu redor e vejo relacionamentos indefinidos, pastosos. Nebulosos mesmo. Muitos se beijam, se ligam, se pegam, fazem sexo, mas se alguém lhes perguntar qual a relação que eles têm com a outra pessoa, eles não saberão responder com segurança e clareza.
Aparentemente se trata de algo fácil, do tipo “vamos viver e ver o que rola”, sem DR, ciúmes, cobranças ou mínimas satisfações. E o melhor: sem fidelidade ou exclusividade. Quem quer outra coisa da vida?
Muitos!
Assim como precisamos nomear coisas animadas e inanimadas, incluindo bebês, gatos e cachorros, definir funções e atribuições, e classificar e escalonar afetos, precisamos colocar tags nos relacionamentos – amigos, namorados, relação aberta, fechada, com benefícios ou não.
Manuela, não sei se, como filha de psicanalistas ou especialista em Marketing, mas acho que você pode me ajudar a colocar um tag nesse assunto.
Manu:
Tudo porque as partes preferem o conforto do “deixa a vida me levar” e não querem se comprometer, nem mesmo com o descompromisso. Assumir uma posição, através da comunicação e do acordo, gera paridade e sintonia na relação. Como já diz a sabedoria popular: “o que é combinado não sai caro”.
Bia:
O problema é quando a relação sem tag é combinada por um só. Em outras palavras, há casos em que um quer manter algo mais indefinido e considera isso claro para o outro. O outro, possivelmente confuso, mantém-se na coisa esperando que, em pouco tempo, a coisa passa a ter um rótulo. Há um desequilíbrio de intensidades e por que não, de objetivos no campo afetivo. Não é uma situação de felicidade plena. Para aquele que evita o tag, falta aposta, paixão. Para o que espera por um tag a qualquer momento, falta a segurança e plenitude da relação que trazem tanto prazer! Esse descompasso de intenç?es pode ter dois desfechos: levar a relação pra cima do telhado ou dar uma guinada e passar a ter um tag, uma classificação. Você consegue imaginar de que formas essas guinadas podem acontecer, Manu?
Manu:
Bia, acho que existem duas formas de sair desse impasse. A primeira, e mais comum e cômoda, é esperar que a resposta venha com o tempo e que o próprio desenrolar da relação estabeleça o tag. A segunda opção é ter uma conversa honesta, com risco de perder a relação. Essa é a escolha típica dos ansiosos e intensos que detestam esperar. Como são pessoas do muito, vivem em uma dinâmica do tudo ou nada. Para elas, o tudo o leva à entrega; e o nada permite a busca de uma nova paixão que possa ser nomeada. Essa é minha aposta. Qual é a sua?
Bia:
Minha aposta é sempre no que nos traga conforto, felicidade e batimento acelerado.
Eu pessoalmente me enquadro naquele time de pessoas intensas a que você se referiu. Atualmente só quero o extraordinário, ardente e, ao mesmo tempo, muito bem definido, principalmente pela sua intensidade. Sim, quero tags.
Manu:
Queremos tags. E eu quero mais debates como esse.
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