Rússia é suspensa de Conselho da ONU; Brasil se abstém de votação

Emblema da ONU e pódio no Salão da Assembleia Geral. Foto da ONU/Cia Pak

Emblema da ONU e pódio no Salão da Assembleia Geral. Foto da ONU/Cia Pak

A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu suspender a Rússia do Conselho de Direitos Humanos devido às ações militares na Ucrânia. A medida foi definida em reunião realizada nesta quinta-feira (7), que obteve 93 votos a favor, 24 contra e 58 abstenções, incluindo a do Brasil.

A decisão é inédita contra um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e nem mesmo durante a Guerra Fria tal gesto foi realizado.

Apenas 24 países votaram contra o projeto, entre eles a Rússia, China, Cazaquistão, Síria, Irã, Cuba, Coreia do Norte e Venezuela. Na América do Sul, os governos da Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia e Equador deram seu apoio ao afastamento.

O encontro entre os membros da entidade aconteceu poucos dias após centenas de corpos de civis ucranianos serem encontrados nas cidades ao redor de Kiev, antes ocupadas por tropas russas. A maior parte dos supostos assassinatos teria ocorrido em Bucha, onde mais de 300 vítimas foram identificadas.

Em relação ao governo ucraniano, os representantes criticaram as nações que optaram pela abstenção, citando que a indiferença não é uma resposta, mas sim um apoiador do inimigo.

Na justificativa de seu voto, o governo brasileiro declarou que esse não é o momento de suspender a Rússia. O embaixador Ronaldo Costa Filho garantiu que o governo de Jair Bolsonaro está “profundamente preocupado com as violações de direitos humanos na Ucrânia, inclusive na cidade de Bucha”.

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