Obras do BRT Transbrasil recomeçam e meta é contratar 2 mil pessoas

Crivella e Indio no BRT Transbrasil. Foto: Crédito: Ricardo Cassiano/Divulgação

Crivella e Indio no BRT Transbrasil. Foto: Crédito: Ricardo Cassiano/Divulgação

Gradativamente conforme o Governo Marcelo Crivella começa a caminhar se observa que o secretário municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, Indio da Costa, ganha um protagonismo diferente. Ele está a alguns corpos de vantagem diante dos seus colegas de outras pastas. Talvez no mesmo patamar do de Saúde, Carlos Eduardo, já que sua secretaria é muito concorrida devido a doenças recorrentes que ganham o noticiário.

Indio da Costa. Foto: Divulgação
Indio da Costa. Foto: Divulgação

Nesta segunda (10), ao lado do prefeito do Rio na cerimônia de reinício das obras do BRT Transbrasil, mais uma vez, o que já havia ocorrido na sexta-feira durante a prestação de contas dos 100 dias, Indio ocupou um novo espaço onde pode tornar-se o “tocador de obras” da administração municipal. A ideia é gerar pelo menos 2 mil empregos diretos. Patrimônio eleitoral precioso quando o seu nome voltar a ser apresentado ao eleitor carioca, ou, quem sabe, fluminense.

A cerimônia de hoje ocorreu na Rua Teixeira de Castro, 644, sob o arco estaiado da Avenida Brasil, na entrada da Ilha do Governador. A retomada das obras acontece após acordo de reajustamento de contrato entre o município e o consórcio Transbrasil, no valor de R$ 115 milhões. A prefeitura dará prioridade ao trajeto abandonado pela gestão passada, que liga Deodoro a Passarela II da Avenida Brasil, no Caju. A previsão é que o traçado esteja concluído até junho de 2018.

– Esse terminal em Deodoro, que vamos agora iniciar o processo, vai conectar a Transolímpica, a Transbrasil e a Supervia. Portanto, damos um passo importante – afirmou Indio da Costa.

O BRT Transbrasil teve previsão inicial de custos de R$ 1.416.999.380,46. Deste total, R$ 1 bilhão é recurso federal e o restante contrapartida da Prefeitura do Rio. O valor pago até a presente data é de R$ 780.456.600, o equivalente a 55,08% do valor contratado, havendo, desta forma, um saldo residual de R$ 636.542.779,81, que representa 44,92% do valor.

– Nas outras etapas, vamos levar o BRT até o Centro da cidade, e também tem os terminais do Trevo das Margaridas e das Missões. Não vamos fazer agora porque não temos recursos, mas a gente já está buscando caminhos para poder avançar e concluir essa obra como um todo – ressaltou Indio da Costa.

DETALHES SOBRE AS OBRAS DO BRT TRANSBRASIL

As obras do BRT Transbrasil terão reinício em três pontos:

Serão concluídas a construção de dois viadutos que, futuramente, farão a ligação para os Terminais das Margaridas (para os ônibus que vêm da Rodovia Presidente Dutra, ou seja, da Baixada Fluminense) e o das Missões (para ônibus que vêm da Rodovia Washington Luiz, também da Baixada). Como já foi amplamente divulgado pela imprensa, a licitação desses dois terminais não foi realizada pela gestão anterior. Isso significa que ambos não estão inclusos nesta fase de reinício das obras. Serão implantadas pistas laterais de aproximadamente 500 metros na altura de Acari, nos dois sentidos da Avenida Brasil. Importante: não será necessária a interdição de trânsito nestes trechos.

Construção de quatro pontes sobre os rios Acari e Rio das Pedras nos sentidos Centro e Zona Oeste. Também não será necessária a interdição de trânsito neste trecho.

Vale ressaltar que as obras recomeçaram de forma gradativa. As interdições no trânsito só ocorrerão a partir do próximo fim de semana de Páscoa para obras em um trecho de um quilômetro, nas duas pistas, de Ramos a Penha, no sentido Zona Oeste. Essas interdições ocorrerão no meio do feriadão. Ou seja: não prejudicará os fluxos de saída e de volta à cidade. A CET-Rio divulgará todos os detalhes sobre o esquema de trânsito na próxima semana.

Ao todo, o trecho do BRT Transbrasil, entre Deodoro e Caju (passarela 2), que foi licitado, tem 23 quilômetros de extensão, faltando 11,5 quilômetros para ficarem prontos. O prazo de conclusão é junho de 2018.

A renegociação com as empreiteiras, por enquanto, só diz respeito ao trecho licitado (Deodoro-Caju).

As obras vão acontecer dia e noite, dependendo do trecho e do fluxo de trânsito.

As estações serão concluídas, mas só vão ser utilizadas no momento em que todo o projeto do BRT Transbrasil estiver pronto, incluindo os trechos que não foram licitados pela gestão anterior. No entanto, as novas passarelas das estações poderão ser usadas normalmente pelos pedestres.

E tudo isso, pode apostar, será acompanhado de perto pelo secretário Indio da Costa, já chamado maldosamente por alguns de “primeiro-ministro do Crivella”.

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