Museu do Samba recebe o ‘Encontro Internacional de Samba, Escravidão e Patrimônios Negros’

O Encontro é uma parceria do Museu do Samba com a Universidade Federal Fluminense (UFF) Foto: Diego Mendes

Declarado patrimônio Imaterial no início da década, o samba, fonte de herança e memórias, será o norte para o debate que acontecerá no Encontro Internacional de Samba, Patrimônios Negros e Diásporas, entre os dias 20 e 22 de outubro. O evento é uma parceria do Museu do Samba, Programa de Pós–graduação em História (UFF), Laboratório de História Oral e Imagem (UFF) e o Laboratório de Estudos Africanos (LEÁFRICA – UFRJ).

O evento reunirá detentores de patrimônios culturais, lideranças religiosas, especialistas, museus, centros de memória, entre outros representantes de experiências brasileiras e internacionais, especialmente nos contextos americano e africano.

Serão debatidas diferentes experiências museológicas de registro da história da escravidão ao redor do mundo, a necessidade de valorização dos legados africanos e de seus patrimônios culturais imateriais, o combate ao racismo e a promoção de justiça e inclusão social para povos afrodescendentes. Um desses especialistas é o sambista, professor e doutor, Vinícius Natal. Em entrevista ao SRzd, falou da importância da conferência.

“A ideia do evento é reunir debates entorno do patrimônio negro fruto da diáspora africana, tendo o samba como uma possibilidade para gente debater esse assunto. Essa questão do patrimônio é uma questão internacional e que abrange diversos setores e diversas áreas. E os patrimônios negros específicos têm um tratamento muito especial, que é o legado da escravidão e do racismo. São temas muito sensíveis que a gente precisa debater e enfrentar”, explicou o historiador.

No dia 20, o tema será Diáspora, Direito à Memória e Antirracismo; no dia 21, Musealização da Escravidão e da Cultura Negra; e no dia 22, Patrimonialização da Cultura Afrodiaspórica. O Encontro terá convidados do Museu Nacional da Escravatura (Angola), Barbados Museum & Historical Society (Barbados), Penn Museum Africa Collections (Estados Unidos), Museu Histórico Nacional (Brasil), da MUCH – Museums for Change, da International Coalition Sites of Conscience e da UNESCO.

Participam dos debates e palestras representantes e pesquisadores das seguintes universidades: Brown University (Estados Unidos), Rutgers University (Universidade Estadual de Nova Jersey, Estados Unidos), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal de Juiz de Fora, Pontifícia Universidade Católica do Rio, Universidade de Brasília, Universidade Federal da Bahia.

No encerramento da programação, dia 22, o grupo Matriarcas do Samba apresenta o show “Cantando e Contando a História do Samba”. O quarteto é formado por Nilcemar Nogueira, Geisa Keti, Vera de Jesus e Selma Candeia, que são, respectivamente, neta de Cartola, filha de Zé Keti, neta de Clementina de Jesus e filha de Candeia. No repertório, alguns dos maiores clássicos do samba se alternam com histórias inéditas dos bastidores da vida familiar e do processo de criação dos lendários sambistas.

O evento será totalmente remoto, com transmissão pela plataforma Zoom, e emitirá certificado de participação. A inscrição custa R$ 30. Clique aqui para fazer a inscrição no site, onde também é possível conferir a programação completa e o perfil dos convidados. Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail da organização: [email protected].

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