MP do Rio não vai fazer perícia na voz de porteiro do condomínio de Bolsonaro

Condomínio Vivendas da Barra. Foto: Reprodução de Internet

Condomínio Vivendas da Barra. Foto: Reprodução de Internet

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) não fará uma nova perícia nas gravações da portaria o condomínio “Vivendas da Barra” onde mora Jair Bolsonaro.

Segundo  informações da coluna de Guilherme Amado, da revista “Época”, promotoras alegam que qualquer nova perícia só pode ser feita a mando do Supremo Tribunal Federal (STF) por causa do suposto envolvimento do presidente, que tem foro privilegiado.

A Polícia Civil do Rio sabe que o porteiro que prestou depoimento e anotou no livro o número 58 (o da casa de Jair Bolsonaro), não é o mesmo que fala com o PM reformado Ronnie Lessa (dono da casa 65) no áudio divulgado pelo vereador Carlos Bolsonaro e periciado em duas horas pelo Ministério Público. A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim. Lessa é apontado pelo Judiciário como autor dos disparos contra a ex-vereadora Marielle Franco.

Em depoimento à polícia, o porteiro do condomínio disse que, horas antes do assassinato, em 14 de março de 2018, um dos suspeitos do crime – Élcio de Queiroz – entrou no local e afirmou que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro.

Os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que o então parlamentar estava em Brasília no dia. O Ministério Público afirmou que o porteiro mentiu.

Bolsonaro disse ter pego as gravações da portaria do condomínio, o que, de acordo com o deputado federal Marcelo Freixo, é uma estratégia para federalizar as investigações, para se blindar, ao deixá-las com o ministro Sérgio Moro (Justiça) e com o procurador-geral da República, Augusto Aras.

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