Mesmo com recuo do governo Macron, protestos seguem em Paris
Milhares de manifestantes, os chamados “coletes amarelos”, seguem protestando nas ruas de Paris neste sábado (8) pelo quarto final de semana consecutivo.
Perto da Champs-Elysées, a polícia jogou gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que enfrentaram a polícia gritando: “Macron renuncia”.
Cerca de 700 pessoas foram detidas por todo o país, sendo 500 só em Paris, segundo agências internacionais que citam autoridades do governo e polícia, que delimitou as ruas por onde os manifestantes poderiam passar.
Em seguindo, foram jogadas bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os que haviam desobedecido a determinação, em ruas próximas à Champs-Elysées, perto do Arco do Triunfo. Há relatos de que as forças de segurança também usaram jatos de água quente contra os manifestantes.
Cerca de 700 pessoas haviam sido detidas até o último balanço divulgado por volta de 10h deste sábado, segundo o secretário de Estado de Interior, Laurent Núñez, em entrevista ao canal France 2.
O primeiro-ministro, Édouard Philippe, presidiu hoje pela manhã uma reunião com os responsáveis da segurança no Ministério do Interior, entre eles o ministro da pasta, Christophe Castaner.
Os protestos começaram em 17 de novembro em oposição ao aumento dos impostos sobre os combustíveis, mas, desde então, se tornaram um amplo movimento contra a política econômica e social do presidente Emmanuel Macron.
O governo suspendeu o imposto sobre combustíveis e congelou os preços da eletricidade e do gás durante o inverno. Mesmo assim, para os “coletes amarelos”, que ampliaram suas reivindicações, essas concessões foram insuficientes. O grupo conta com o apoio da maioria dos franceses, cerca de 68%, segundo a última pesquisa.
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