Inferno climático: COP 27 é momento decisivo para o mundo resolver crise

António Guterres. Foto: Divulgação – ONU

O Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou, nesta segunda-feira (7), que o mundo caminha para o que classificou de “inferno climático” com “o pé no acelerador”.

A fala foi direcionada a lideranças mundiais reunidas no Summit dos Líderes da Conferência do Clima, a COP-27, aberta neste domingo (6), no Egito. O líder da ONU clamou por um “pacto de solidariedade” entre países desenvolvidos e economias emergentes.

“Esta conferência é um lembrete de que o relógio está correndo. Estamos na luta pelas nossas vidas e estamos perdendo. As emissões de gases de efeito estufa continuam crescendo. As temperaturas globais continuam subindo. Nosso planeta está se aproximando rapidamente de pontos de inflexão que tornarão o caos climático irreversível. Estamos na estrada para o inferno climático com o pé no acelerador”, alertou.


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Guterres lembrou que a população mundial deve em breve chegar aos 8 bilhões. “Este marco coloca em perspectiva o que é esta conferência do clima. O que responderemos quando o bebê tiver idade suficiente para perguntar? É o desafio central do nosso século. É inaceitável, ultrajante e autodestrutivo colocá-lo em segundo plano. A ciência é clara aqui. A esperança de limitar o aumento da temperatura a 1,5°C grau significa zerar as emissões de gases estufa até 2050? Estamos chegando perigosamente perto de um ponto sem retorno. E para evitar esse destino terrível, todos os países do G20 devem acelerar sua transição agora nestas décadas. Os países desenvolvidos devem assumir a liderança, mas as economias emergentes também são fundamentais para dobrar a curva de emissões globais”, avaliou.

“Países mais ricos e instituições financeiras internacionais devem fornecer assistência técnica e financeira para ajudar as economias emergentes a acelerar sua própria transição para energia renovável. As duas maiores economias, os Estados Unidos e a China, têm a particular responsabilidade de unir esforços para tornar este pacto uma realidade. Ou fazemos um pacto de solidariedade climática ou um pacto de suicídio coletivo”, finalizou em seu discurso.

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