Fundador do Wikileaks, Julian Assange é preso em Londres

Julian Assange é preso. Foto: Reprodução/Ruptly

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, de 47 anos, foi preso nesta quinta-feira (11), na embaixada do Equador, em Londres. Ele estava no local há sete anos, como asilado político. No entanto, o governo de Quito retirou o asilo diplomático de Assange e a polícia britânica o prendeu.

“A polícia metropolitana foi convidada à embaixada pelo embaixador (do Equador) após a retirada do asilo pelo governo equatoriano”, diz um comunicado. Ainda segundo a polícia, Assange foi preso em decorrência de um mandado emitido pelo Tribunal de Magistrados de Westminster em 2012, por não se render ao tribunal.

Em 2012, Assange entrou na embaixada equatoriana para evitar sua extradição para a Suécia, que solicitou sua prisão por crimes sexuais.

O asilo de Assange foi durante o mandato do ex-presidente do Equador Rafael Correa, que classificou a decisão desta quinta-feira como “ilegal” e uma “violação ao direito internacional”.

Correa vive asilado na Bélgica e criticou a decisão do atual presidente equatoriano. “Lenín Moreno, nefasto presidente do Equador, demonstrou sua miséria humana ao mundo, entregando Julian Assange –não apenas asilado, mas também cidadão equatoriano– à polícia britânica.Isto coloca em risco a vida de Assange e humilha o Equador. Dia de luto mundial”, escreveu em seu perfil no Twitter.

Segundo Moreno, Assange “violou particularmente a norma de não intervir nos assuntos internos de outros estados. O mais recente alerta nesse sentido aconteceu em 2019, quando o WikiLeaks vazou documentos do Vaticano. Membros claros dessa organização visitaram o senhor Assange antes e depois da dita violação”. O presidente equatoriano disse ainda que Assange “teve acesso sem permissão a arquivos de segurança da nossa embaixada. Mesmo tendo pedido para ficar incomunicável e isolado, rejeitando a conexão de internet oferecida pela embaixada, tem um celular com o qual se comunica com o mundo exterior”. Moreno falou também que, ao revogar o asilo diplomático, pediu que Assange não fosse extraditado para algum país em que pudesse sofrer torturas ou pena de morte, e que o governo britânico confirmou por escrito que assim o fará.

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