Ex-presidente da CBF é condenado por corrupção no Caso Fifa

José Maria Marin. Foto: Divulgação

José Maria Marin. Foto: Divulgação

A Justiça americana condenou nesta sexta-feira (22) o ex-presidente da CBF José Maria Marin por seis crimes. O ex-dirigente está preso nos Estados Unidos desde 2015 após virem à tona os escândalos envolvendo líderes de confederações e membros da Fifa. É a primeira vez na história que um ex-comandante do futebol brasileiro é condenado pela Justiça.

A decisão dos jurados, no entanto, ainda não significa a prisão do dirigente brasileiro. A tendência é que a juíza Pamela Chen, que está à frente do caso no Tribunal do Brooklyn, em Nova York, nos Estados Unidos, defina a sentença, que ainda caberá recurso, apenas no ano que vem. Caso seja enquadrado com o máximo de cada pena, Marin pode pegar até 60 anos de prisão.

Com 85 anos, José Maria Marin responde a sete acusações de conspiração em esquema internacional de corrupção — foi considerado inocente apenas na que se refere à lavagem de dinheiro na Copa do Brasil. As investigações foram feitas pelos promotores do governo dos Estados Unidos, sendo três delas relativas a lavagem de dinheiro.

Marin foi condenado por três crimes de fraude, ligados à Copa América, à Libertadores e à Copa do Brasil; por dois de lavagem de dinheiro, relativos à Copa América e à Libertadores; e por um de organização criminosa.

Entre os crimes de Marin está o de recebimento de propinas de cerca de 6,5 milhões de dólares de 2012 a 2015. Os pagamentos eram feitos por empresas de marketing esportivo para levar vantagens em direitos de transmissão e presença em competições.

Desde o início do julgamento em 13 de novembro, Marin, que cumpre prisão domiciliar em seu apartamento na 5ª Avenida, no arranha-céu Trump Tower, em uma das regiões mais valorizadas de Nova York, tenta jogar a culpa para Del Nero, seu antigo aliado, nega todas as acusações.

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