Todo mundo sabe que é preciso cuidar da saúde, mas os números mostram que a realidade já não é assim há algum tempo. Levantamento da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasco), mostra que 20% das brasileiras acima dos 16 anos não vão ao ginecologista com regularidade.
A ginecologista e obstetra, professora Associada Livre-Docente na Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e membro da Febrasgo, doutora Cristina Guazzelli pontuou três principais motivos para as mulheres não protelarem a consulta ginecológica, que deve ocorrer ao menos uma vez ao ano.
“É importante compreender sobre o próprio calendário menstrual e observar se há presença de dor ou outra queixa no período que rodeia o período”, pontua a médica. Além disso, segundo destaca a entidade Febrasgo, uma menstruação é considerada “normal” quando o fluxo dura até 8 dias e o ciclo varia de 24 a 38 dias. Por outro lado, qualquer sangramento que não tenha essas características pode ser anormal.
“Não se pode ignorar dúvidas pessoais sobre o início de vida sexual; se há necessidade de começar o uso de anticoncepção ou qual o método adequado para o perfil da mulher; instruções sobre a possibilidade de se planejar gravidez e a sua fertilidade; relatar queixas de corrimento, ardor vulvar ou outras relacionadas à menopausa, como ondas de calor, irritabilidade, alterações da vontade e desejo de ter relações”, recomenda a doutora.
Neste sentido, a doutoraa Cristina Guazzelli lista alguns exames que podem ser solicitados pela própria paciente com a finalidade de serem diagnosticas ou não pequenas alterações, mesmo antes da presença de qualquer queixa. “O diagnóstico precoce favorece e melhora as chances de tratamento e cura”, ressalta ela. Os exames que a médica indicam são:
– Exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolau), desde que já tenha iniciado a atividade sexual;
– Exames laboratoriais gerais, como hemograma, glicemia de jejum, perfil lipídico;
– Mamografia após os 40 anos, para diagnóstico precoce do câncer de mama;
– Ultrassom transvaginal, importante para o diagnóstico de miomas e tumores no ovário e endométrio;
– Densitometria Óssea a partir dos 50 anos, para avaliar a perda de massa óssea e risco de osteoporose.
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