Em crise, Corinthians decide dispensar atletas e funcionários

Parque São Jorge. Foto: Reprodução

A situação financeira definitivamente apertou para o Corinthians. A diretoria do clube decidiu demitir funcionários e atletas a partir dos próximos dias. A decisão era analisada há alguns dias e o martelo acabou sendo batido em uma reunião de diretoria na última terça-feira (26), segundo o site GloboEsporte.

Embora tenha tomado medidas com o objetivo de preservar empregos durante a pandemia de Coronavírus, inclusive com depoimentos públicos do presidente Andrés Sanchez e do diretor financeiro Matias Ávila nesse sentido, o cenário da crise provocada pela paralisação das atividades ganha contornos ainda piores do que já se imaginava.

No futebol profissional dificilmente haverá mudanças drásticas, já que a dispensa dos jogadores não é tão simples pelo fato de cada um ter multas rescisórias altas e o rompimento dos vínculos obrigará o pagamento de todo o tempo de contrato restante. No último mês, o grupo topou ter uma redução de 25% nos salários em carteira e uma nova negociação deve acontecer em breve.

O departamento de base deve ser o mais afetado pelos cortes. Jovens sem contrato profissional e que não tinham muito espaço, serão dispensados. A categoria sub-20, deve ser a mais preservada no momento, mas pode sofrer alguns ajustes. Comissões técnicas e setores administrativos terão seus quadros de funcionários enxugados com a unificação de categorias. Até mesmo as tradicionais peneiras para buscar jovens jogadores, tendem a ser extintas e, por consequência, os funcionários que trabalham nesse setor serão demitidos.

A equipe sub-23, que abriga jogadores que estourem o limite de idade do sub-20 e outras peças que possam um dia ser aproveitadas no profissional, deve sofrer um grande corte, também pela ausência de competições neste ano. Alguns esportes amadores devem ser afetados da mesma forma. O basquete já havia sido desativado e os atletas não tiveram seus contratos renovados.

Com base na na Medida Provisória 936, editada pelo governo federal no último mês, o clube paulista optou por reduzir os salários de seu quadro de funcionários entre 50% e 70%, como alternativa para preservar empregos. No entanto, essa situação piorou, as receitas continuaram caindo, a incerteza em relação à volta do futebol aumentou e os cortes de pessoal devem acontecer mesmo assim.

No ano passado, o Corinthians fechou seu balanço com um déficit de R$ 177 milhões e viu sua dívida acumulada (sem contar a Arena) subir para R$ 665 milhões. Com esses números e a crise por conta da pandemia de coronavírus, o clube vai adiantar 100% do dinheiro da venda de Pedrinho junto a um banco europeu, a fim de quitar dívidas imediatas e ganhar fôlego para 2020.










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