Editorial: Sob as bênçãos de Oxum, Trirriense faz a festa.

“Ora yê yê o Oxum! Seu dourado tem axé
Fiz o meu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma desta gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!”

 

   Nesse dia 08 de dezembro, temos muito o que comemorar, afinal de contas, é o dia em homenagem a essa Yabá que é sinônimo da riqueza, de toda beleza e da fertilidade: Oxum! A campeã do carnaval físico de 2020, no Rio de Janeiro, entoava em seu samba enredo essa bela homenagem a senhora das águas doces, a dona do ouro. A segunda esposa de Xangô, representante da sabedoria e do poder feminino, chegará na avenida do carnaval de maquete , fechando a primeira noite de desfiles pelo olhar carinhoso da Império Trirriense.
A Agremiação de Três Rios (RJ) não precisará nem jogar os seus búzios para saber que fará um desfile emocionante em homenagem a deusa do rio Osun, no Sudoeste da Nigéria. Eles usarão os tons de azul do seu pavilhão, aliados ao dourado

“Homenagear Oxum foi ideia do dir. de carnaval, Matheus Medeiros e logo foi abraçada por toda a escola. ” – Afirma o presidente Lucas Almeida

O arquétipo de Oxum é de uma mulher graciosa e elegante, com predileção por joias, perfumes e roupas. A figura de Oxum carrega um espelho na mão. O encontro das águas dos rios Paraíba do Sul, Paraibuna e Piabanha são o ponto motivador do enredo. O encontro das águas doces do rio são os que movem a escola a essa Ode. Começando por sua história e seus encantos, paixão e sedução.

A escola pretende mostrar o renascimento de Oxum através do encontro dos três rios pedindo que haja a preservação de toda a história da cidade, que é cercada por esse encontro trirriense. Uma bela homenagem da escola a Yabá e a sua cidade.

Salve 08/12! Salve Oxum! Salve Império Trirriense!

“Sou Oxum. Sou menina, sou jovem, sou velha. Sou mulher sempre. Não se assuste com essas minhas confidências, mas não teste meus limites. Um rio, um regato, uma nascente, seja como for, não os desafie. Não afronte essa força intensa e inesperada, não provoque Oxum, não provoque as águas. Meu silêncio é sempre uma ameaça. Como cantou lindamente Maria Bethânia, sou a “Senhora das águas que correm caladas”. Minha divindade se encanta na água doce. Não, eu não moro no rio. Na verdade, eu sou o rio. Um rio sinuoso, caudaloso. Embora ínfimo na fonte, até minha foz tomo formas surpreendentes. Fertilizo e devasto, sacio e afogo, arrefeço e aqueço. Um rio é uma divindade, portanto, tenha respeito e cuidado” Não sou um rio qualquer. Sou Três Rios. Orayeyê!

(Texto do Babalorixá Rodney de Oxóssi adaptado)

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